Tela de Tarsila do Amaral tida como falsa pelo mercado é verdadeira, diz família

A tela atribuída a Tarsila do Amaral que gerou polêmica na SP-Arte, feira que aconteceu em São Paulo em abril, teve sua veracidade confirmada nesta segunda-feira (19), depois de quatro meses sendo considerada falsa pelo mercado da arte.

A sobrinha-bisneta da artista, Paola Montenegro, que responde legalmente pelo espólio, confirmou a autenticidade ao Jornal Nacional, ao lado do perito Douglas Quintale e do galerista Thomaz Pacheco, que agora tenta vender a obra, antes anunciada por R$ 16 milhões, por R$ 60 milhões.

O grupo enviou à 💥️Folha um comunicado confirmando a autenticidade da obra. O texto, no entanto, não detalha como a perícia foi feita nem informa quais elementos levaram o perito a afirmar que a tela é verdadeira.

Segundo perícia encomendada pelo comitê de certificação e catalogação, comandado pelos herdeiros, "Paisagem 1925", pintada neste mesmo ano, faz parte da fase "Pau-Brasil" de Tarsila, quando a artista morava em Paris nos seus anos de formação e retratou cenários emblemáticos do país.

A autenticidade foi confirmada após exames físico-químicos e escaneamentos realizados em laboratórios, disseram os envolvidos em entrevista ao telejornal.

A tela foi colocada à venda na SP-Arte por Pacheco —conhecido por representar artistas contemporâneos jovens, não grandes mestres da arte— por R$ 16 milhões, mas teve sua veracidade contestada por marchands ouvidos pela 💥️Folha e acabou encalhada.

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