Clubes de leitura infantojuvenis estimulam o amor aos livros antes mesmo da alfabetização

Ler com uma criança, ou para ela, é uma das experiências mais gratificantes que uma família pode ter. É mergulhar no mundo da imaginação. Mas a vasta seleção de títulos disponíveis pode tornar difícil a escolha do livro ideal para cada faixa etária. É nesse cenário que entram em cena os clubes de leitura infantis e juvenis.

Eles não apenas incentivam o hábito da leitura desde cedo, antes mesmo da alfabetização, como também permitem que os jovens leitores explorem uma variedade de gêneros literários, participem de discussões instigantes sobre as obras e desenvolvam habilidades críticas e de interpretação. Claro, tudo de acordo com a idade.

Foi o que atraiu a jornalista Carla Haas, 40. Ela participa de um clube de assinaturas infantojuvenil que faz uma curadoria de obras que ela compartilha com a filha Cecília, de 3 anos, todos os meses. "Isso nos permitiu conhecer livros literários incríveis, fora do padrão livro-brinquedo, sensorial e com som", afirma ela, que ingressou no Clube de Leitura Quindim.

Para Carla, ler com Cecília é um processo construtivo, além de muito agradável. "Criamos esse hábito desde muito cedo. Na gestação eu já lia para ela. Faz parte da nossa rotina e ampliamos muitos assuntos a partir das histórias. Aos 3 anos e meio, considero que ela já adquiriu um potente repertório de leitura."

A diversidade de linguagem e estética introduzida às crianças desde cedo enriquece seu imaginário. A psiquiatra Tâmara Marques Kenski, diretora do Ilumina Clinic, afirma que incentivar as crianças a ler mesmo antes da alfabetização é essencial para seu progresso. A abordagem depende da idade, afirma ela, porque cada fase tem um tipo diferente de literatura. "A leitura deve ser incentivada desde cedo."

Ler regularmente para uma criança, diz a especialista, a incentiva a explorar obras literárias por conta própria e isso acaba promovendo um crescimento saudável e integral.

De acordo com Tâmara, os livros são ferramentas poderosas porque contribuem para o desenvolvimento cognitivo e linguístico infantil, além de expandirem o vocabulário e melhorem a compreensão da linguagem.

"É importante, ainda, na construção emocional, porque os livros permitem que as crianças explorem emoções diferentes e compreendam perspectivas diversas. Por exemplo, se ela pega uma história sobre medo, amizade, coragem, ou empatia, isso vai ajudá-la a lidar com frustrações e entender as emoções dos outros para poder conviver [com esses sentimentos variados] no dia a dia", afirma Tâmara.

Participar de um clube do livro é ter acesso a uma literatura infantil transformadora, capaz de proporcionar diferentes vivências, que nem sempre são encontradas em livrarias comuns, afirma Renata Nakano, idealizadora e diretora-geral do Clube de Leitura Quindim. A curadoria é feita por pessoas de diferentes etnias e profissões, de regiões e idades distintas.

"Mês a mês, as famílias recebem obras de diferentes gêneros literários, linguagens, estéticas e origens, além de um material de apoio, experimentando as mais diversas lentes para o mundo, saindo da pequena bolha pessoal e desenvolvendo o pensamento crítico, autônomo e a empático."

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