Lula volta a criticar privatização da Eletrobras: Crime de lesa pátria

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar, nesta segunda-feira (26), a privatização da Eletrobras, afirmando se tratar de um "crime de lesa pátria".

Lula disse que seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL), sentia orgulho de dizer que não entendia de economia e, por isso, tercerizou para o ministro Paulo Guedes, para "destruir o país".

"Eu sonhei que a Eletrobras seria tão importante quanto a Petrobras nesse país", disse o presidente, durante o lançamento da nova Política Nacional e Transição Energética, na sede do Ministério das Minas e Energia.

"E é com muita tristeza que eu volto à Presidência da República e encontro a Eletrobras privatizada. Na verdade, não a privatizaram, cometeram um crime de lesa pátria contra o povo brasileiro, entregando uma empresa dessa magnitude", declarou o presidente.


Lula também defendeu que a Petrobras tenha como uma de suas missões ajudar outras empresas brasileiras.

O mandatário afirmou que a política de mineração brasileira está ultrapassada. Ele ressaltou a existência de reservas de minerais críticos e as comparou ao pré-sal, afirmando elas podem ser um "passaporte" para a melhoria de condições do povo.

Antes do evento, o presidente participou no mesmo local de reunião extraordinária do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), na sede do Ministério das Minas e Energia.

Estavam na reunião alguns ministros, como Alexandre Silveira (Minas e Energia), Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Simone Tebet (Planejamento), Carlos Fávaro (Agricultura) e Marina Silva (Meio Ambiente).

Lula chamou de "mentira" o argumento de que o privado executa melhor as funções que o Estado. O presidente também exaltou o papel da usina hidrelétrica de Itaipu, embora reconhecendo que um empreendimento dessa magnitude não estaria em linhas com as exigências ambientais atuais.

"Eu fico imaginando hoje que a gente não faria uma Itaipu. Hoje as exigências ambientais não deixaram fazer uma Itaipu, mas vamos ser francos, a Itaipu é um monumento à inteligência da engenharia brasileira", afirmou.

O presidente também afirmou que a Petrobras tem como um de seus papéis ajudar as outras empresas brasileiras a crescer. E nesse momento defendeu a exigência de conteúdo nacional e criticou a postura anterior dos brasileiros, incluindo compras governamentais no acordo entre Mercosul e União Europeia.

"Fazer a Petrobras entender que ela não é apenas uma empresa de petróleo, de gás. A Petrobras é empresa de investimento em pesquisa, em inovação e para ajudar as empresas brasileiras a crescer, daí porque a necessidade de conteúdo nacional", afirmou o presidente.

"Os vira-latas deste país queriam abolir compras governamentais e colocar compras governamentais no acorda com a União Europeia. Nós falamos não", completou.

Ainda sobre a empresa de petróleo, o presidente disse que ela não "tem o direito de queimar gás". "Ela tem o direito de trazer o gás e colocar o gás à disposição desse povo. Para que o povo pobre possa fazer comida, se não vai fazer a volta à lenha", afirmou.

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