Federação de Regantes apresenta no Fundão estudo sobre modernização do regadio
A Federação Nacional de Regantes de Portugal (FENAREG) apresenta na terça-feira, no Fundão, durante o Encontro Regadio 2024, um estudo que identifica o valor necessário a investir no país até 2030 para modernizar o regadio.
Os valores e modelo de investimento constam no estudo Financiamento para o Regadio no Horizonte 2030, a apresentar por Francisco Campello, da empresa de consultoria AgroGes, durante o debate sobre eficiência hídrica.
A FENAREG referiu, em comunicado enviado à agência Lusa, que esta é “uma componente vital da estratégia nacional da água e da qual depende vastamente a sustentabilidade e a segurança alimentar do país”.
Nas XV Jornadas da FENAREG está prevista a presença, na sessão de abertura, do ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes.
No evento vão estar reunidas as entidades gestoras dos aproveitamentos hidroagrícolas de todo o país, que representam cerca de 98% do regadio coletivo público, as autoridades do setor e agricultores.
O encontro tem como tema a Resiliência Hídrica e serão também discutidas as iniciativas Água que Une e o Plano Rega.
“Constitui uma importante oportunidade de reflexão sobre o setor, os investimentos disponíveis e os principais desafios a ultrapassar, num esforço conjunto de se alicerçar uma estratégia nacional para a água”, acrescentou a organização, na mesma nota.
A FENAREG salientou que as XV Jornadas se realizam num momento particularmente relevante para o setor, dada a convergência da reformulação e/ou lançamento de vários dossiês e iniciativas sobre temas essenciais, “e que são o alicerce da agricultura”.
A estrutura que representa 33 associados e mais de 28 mil agricultores referiu que estão em fase de conclusão o PDR2020 e a viabilidade de uma nova fase de investimentos, está em curso a reprogramação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) no contexto do regadio público nacional, a elaboração de um novo plano de armazenamento e de distribuição eficiente da água para a agricultura portuguesa e está prevista a abertura dos investimentos do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum para Portugal (PEPAC) para janeiro de 2025.
A reformulação orçamental da Política Agrícola Comum e a discussão sobre a possível criação de novos fundos europeus destinados ao tema da água na União Europeia são outros assuntos em cima da mesa.
Para o mesmo dia está agendada uma mesa-redonda onde vai ser discutida a resiliência hídrica, com António Carmona Rodrigues, da iniciativa Água que Une; José Pedro Salema, do Plano Rega; Gonçalo Tristão, da FENAREG; Álvaro Beleza, da Associação para o Desenvolvimento Económico e Social (SEDES), Rogério Ferreira, da Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural; José Pimenta Machado, da Agência Portuguesa do Ambiente, e Francisco Campello, da AgroGes.
Um segundo painel, que a organização considerou ser uma iniciativa “histórica e inédita”, reúne os presidentes das câmaras municipais que integram o Aproveitamento Hidroagrícola da Cova da Beira, “assinalando a relevância das regiões no contexto da estratégia nacional da água e da rega”.
Na quarta-feira, realiza-se a assembleia geral da FENAREG, uma sessão técnica sobre os sistemas de rega e o uso eficiente da água, e uma visita à Barragem da Meimoa, do Aproveitamento Hidroagrícola da Cova da Beira.
As XV Jornadas FENAREG / Encontro Regadio 2024 são organizadas pela Federação Nacional de Regantes de Portugal, em parceria com a Associação de Beneficiários da Cova da Beira.
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