CMVM regista adoção crescente de boas práticas de reporte climático no PSI



A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) observou uma adoção crescente de boas práticas de reporte climático nas empresas do PSI, índice que agrega as maiores empresas cotadas na bolsa de Lisboa, segundo um relatório hoje divulgado.

O Relatório Anual sobre a Exposição do Mercado de Capitais ao Risco Climático (RAERC) de 2024 analisou a exposição climática dos organismos de investimento coletivo (OIC) mobiliários, sujeitos a regime harmonizado e alternativos, domiciliados em Portugal (OIC nacionais), dos OIC mobiliários, harmonizados, estrangeiros comercializados em Portugal (OICVM estrangeiros), das carteiras de investimento sob gestão individual (GIC) e dos emitentes que integram o índice PSI.

A CMVM registou “uma adoção crescente de boas práticas de reporte climático”, destacando que “12 das 16 empresas do PSI implementaram as recomendações da Task Force on Climate-related Financial Disclosures (TCFD), evidenciando uma maior transparência na identificação e mitigação dos riscos climáticos físicos, como incêndios e cheias, e de transição, como mudanças regulatórias”.

A análise concluiu ainda que todas as empresas do índice PSI reportaram dados sobre emissões de gases com efeito de estufa (GEE) nos três âmbitos, sendo que, entre 2023 e 2023, foi registada uma redução das emissões de GEE de âmbito um e dois, na intensidade carbónica e no rácio de emissões de GEE face ao valor financeiro dos emitentes.

“As carteiras dos OIC nacionais, dos OICVM estrangeiros e GIC registam valores de intensidade carbónica (emissões de GEE por receita gerada), no que respeita ao âmbito um e dois, abaixo dos índices europeus e globais, embora superiores ao índice de referência norte-americano (S&P 500)”, apontou o relatório.

A CMVM realçou que o desempenho dos OIC nacionais beneficia de uma menor exposição a setores com alta intensidade carbónica e de um investimento significativo em setores de baixa emissão, como o financeiro e o tecnológico.

Adicionalmente, o relatório concluiu que mais de 70% do investimento dos OIC nacionais é direcionado a empresas comprometidas com uma redução anual da intensidade carbónica igual ou superior a 5%, “indicando um alinhamento positivo com as metas de descarbonização”.

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