SP-Arte Rotas Brasileiras quer bombar no Sudeste artistas do Brasil profundo

Traços simplórios e coloridos revelam cenas desconcertantes, em que mulheres fazem sexo com tatus gigantes e cabeças humanas surgem de uma criatura meio pássaro, meio ysoke. O desenho é do artista goiano Moacir, que tem o estande da galeria Cerrado dedicado à sua obra na SP-Arte Rotas Brasileiras.

Ele é um dos vários artistas que já têm prestígio em sua região, mas é desconhecido pelos colecionadores do Sudeste, o maior mercado financeiro do país. São esses nomes que estão no centro da feira, irmã mais nova da SP-Arte, que acontece desta quinta-feira (29) a domingo (1) na Arca, em São Paulo, com abertura para convidados já nesta quarta-feira (28).

Novo não é sinônimo de jovem. Aos 70 anos, Moacir terá sua primeira mostra solo em São Paulo na feira, ainda que tenha começado a desenhar com pedra e carvão ainda quando jovem na Vila de São Jorge, na Chapada dos Veadeiros, onde nasceu.

Na época, Moacir teve um "surto muito complexo e nunca tratado", conta Divino Sobral, diretor artístico da Cerrado, galeria de Goiânia que completou um ano em maio e o representa. Ficou anos sem ter contato com outras pessoas e, já adulto, trabalhou como garimpeiro. Os seres metamorfos que desenha e suas interações intensas com a natureza são fruto das visões do artista.

"Ele desenvolveu uma inteligência própria de composição, meio assombrosa, fantástica e repugnante", diz Sobral. "As imagens sertanejas de conexão entre o homem e a natureza são atualizadas com sua experiência mental e mística."

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