Real valorizado: menos juros e mais crescimento

Em uma economia emergente como a do Brasil, a valorização do real é ferramenta correta para conter a inflação. Utilizar altos juros para esse fim significa um remédio amargo, que, além de aumentar os custos financeiros sobre os produtos, causa sequelas. De janeiro a junho deste ano, devido aos juros elevados, houve 1.014 pedidos de recuperação judicial por parte de empresas. Além das críticas direcionadas ao presidente do Banco Central , Roberto Campos Neto, pelos juros altos, é importante observar que, ao promover a desvalorização do real, ele está contribuindo para a alta da inflação.

Há evidências de que o mercado tem manipulado a alta do dólar com o intuito de também elevar a inflação. Ademais, entre maio e agosto deste ano, o BC aumentou nossas reservas cambiais em US$ 19 bilhões, o que contribuiu para a subida do dólar e, consequentemente, da inflação. Nesse cenário, o presidente do órgão parece estar mais a serviço do mercado financeiro do que da sociedade. Se não fosse isso, Campos Neto, em vez de aumentar as reservas cambiais, estaria reduzindo parte delas para valorizar o real e, assim, diminuir a inflação. O presidente do BC promove a alta inflacionária com a desvalorização da nossa moeda e, em seguida, dissimuladamente, usa o álibi da inflação para justificar a manutenção da taxa básica de juros (Selic) elevada, satisfazendo parceiros do mercado financeiro —sua origem e seu provável futuro.

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