BYD deve começar a produzir carros híbridos flex no Brasil em 2025
A chinesa BYD começará a produzir veículos híbridos —elétricos e a gasolina ou etanol— no Brasil a partir do primeiro semestre de 2025, em sua planta em Camaçari, na Bahia, segundo afirmou o vice-presidente e diretor comercial e de marketing da BYD, Alexandre Baldy, em conferência anual do Santander na manhã esta quarta-feira (28).
A meta da empresa é investir em tecnologia até que se atinja um modelo de carro flexível, que funcione a etanol ou gasolina e eletricidade, trazendo maior aproveitamento do álcool produzido da cana-de-açúcar no país, aproveitando as matrizes brasileiras abundantes, que podem nos colocar na dianteira da inovação energética no mundo.
"Queremos extinguir que o etanol só seja compensador se for 70% da gasolina. Espero que a gente não perca da oportunidade [de estar na dianteira da transição energética]", disse.
O modelo a ser montado em Camaçari é o SUV Song, já vendido no Brasil nas versões pro e plus, por valores que vão de R$ 200 mil a R$ 240 mil.
O percentual de veículos elétricos comercializados no país subiu de 2,5% em 2023 para 5%, em 2024. A meta é que, em 2025, a venda de carros do tipo seja novamente o dobro. Baldy diz que a BYD projeta o país com 70% de carros híbridos e de 30% de 100% elétricos.
O maior empecilho hoje, no entanto, está na capacidade de distribuição de pontos de abastecimento elétrico no Brasil, dado o tamanho do país, embora a BYD já desenvolveu tecnologia de veículo que roda mil quilômetros após estar com 100% de sua carga de bateria.
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Outro ponto abordado por ele e pelos participantes do painel "Mobilidade elétrica: desafios e oportunidades" é o fato de que o Brasil precisa ampliar o acesso a baterias e à energia solar, abundante no país, como sendo uma política de estado.
Um desejo de parte do setor é que se faça no Brasil, como se fez nos Estados Unidos, projeto onde há incentivos em valores para a compra de veículos elétricos vindos da China.
Segundo Baldy, a questão climática mostra ser urgente uma mudança de hábitos e ampliação das frotas elétricas, tendo em vista o trânsito nas capitais, que afetam diretamente o aquecimento global. Ele diz que as tragédias climáticas no Rio Grande do Sul e em São Paulo podem fazer as pessoas escolherem ainda mais carros elétricos, como opção para preservar o clima.
O brasileiro é desconfiado e prefere o carro híbrido ao modelo 100% elétrico. As pesquisas indicam que 90% dos compradores de veículos afirmam que, se tivessem dinheiro, escolheriam um híbrido.
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