Quero a literatura infantil nonsense, lúdica e maluca, diz Renato Moriconi

Há mais ou menos dez anos, Renato Moriconi estava visitando uma escola para apresentar seus livros e conversar com os alunos. Foi quando um menino levantou a mão para fazer uma pergunta.

"Ele tinha uns cinco anos e queria saber qual era o livro que ainda não existe, mas que eu gostaria de ter lido", conta o artista visual, autor de uma série de obras para a infância. "Eu ri e respondi que não sabia. Então devolvi a pergunta. E ele me disse: 'Também não sei. Eu não sei ler'."

"É maravilhoso. A pergunta dele, para mim, é a definição de criação. Eu busco não só o livro que gostaria de fazer, mas que queria ter lido. E a resposta também é fantástica. É um pouco a ideia que tenho de literatura infantil. É o que me atrai mais no universo da criança —o nonsense, o lúdico, o maluco, o engraçado que não fica procurando o riso. A gente vê isso no Lewis Carroll, no Roald Dahl, no Gianni Rodari, no Edward Lear."

Leia também

A admiração pelo nonsense, a busca pelo livro que gostaria de ter lido e a admiração específica por Lear fizeram com que Moriconi explorasse um caminho até agora inédito para ele. Conhecido por ser um dos principais artistas visuais da literatura infantojuvenil brasileira, autor de clássicos como "Bárbaro", "Telefone sem Fio" e "Bocejo", por exemplo, ele agora se aventura em outro papel. Pela primeira vez, assina uma obra como tradutor, sem nenhuma ilustração sua.

O que você está lendo é [Quero a literatura infantil nonsense, lúdica e maluca, diz Renato Moriconi].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.

Wonderful comments

    Login You can publish only after logging in...