Entenda como o breaking foi adaptado para os Jogos Olímpicos de Paris

Alguns dos breakers optam por táticas de choque e admiração, começando com um movimento de grande impacto na forma de um mortal, salto ou série de moinhos giratórios. Outros são mais contidos. Forma corporal, resistência e personalidade desempenham um papel.

No primeiro intervalo, pergunto aos anfitriões se o que estou vendo é a verdadeira experiência do breaking.

Max me diz que algumas mudanças foram feitas para as Olimpíadas. A música, por exemplo, deve estar livre de palavrões, enquanto os dançarinos devem considerar seu comportamento no palco. "Eles têm que saber os primeiros fundamentos das Olimpíadas, que é ser um exemplo para a sociedade. Vai haver um lugar para trazer aquela outra vibração crua", diz ele.

Digo a ele que estou aqui para descobrir o que acontece quando um pedaço da cultura de rua é absorvido pela maior máquina esportiva do mundo. Como o breaking permanece fiel às suas raízes? "Todas as subculturas vêm de algum lugar", diz Max de forma objetiva. "Não importa de onde... importa como o mundo a abraça."

Do lado de fora, em um banco, me sento com um dos dois DJs que fornecem a trilha sonora fundamental para a competição. DJ Fleg, um grande nome na cena, voou de sua casa no Brooklyn. Ele diz que seu papel é dar aos dançarinos "o combustível" para fazerem o que fazem. "Às vezes é sobre como posso elevar o nível dessa batalha inteira? Como posso realmente energizá-los?"

Tanto para as eliminatórias quanto para as Olimpíadas propriamente ditas, um grande obstáculo foi superado no último minuto.

Problemas de direitos autorais assolam grandes eventos de breaking, forçando alguns a usar músicas livres de direitos ou limitar a transmissão ao vivo. Mas aqui e em Paris, os DJs foram libertados, o que significa que os sons de "Naughty by Nature" ou "A Tribe Called Quest" podem ecoar.

Alguns dos grandes do soul e funk antigos, cuja música ajudou a dar origem ao hip-hop, como James Brown e Jimmy Castor, também são muito populares.

As regras olímpicas proíbem DJ Fleg de tocar faixas que ele sabe que um breaker específico gosta, com medo de dar a eles uma vantagem injusta.

Os competidores não sabem o que está por vir, então batidas que melhoram o desempenho não são uma opção. Pergunto a vários especialistas que encontro como identificar uma boa performance.

A resposta é sempre a mesma - procure aqueles em sintonia com a música. "Improvisar - é tão intrínseco para nós", diz a B-Girl Logistx, de 21 anos, dos EUA. "Isso é o cerne do que fazemos."

O que você está lendo é [Entenda como o breaking foi adaptado para os Jogos Olímpicos de Paris].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.

Wonderful comments

    Login You can publish only after logging in...