Quantas medalhas ganharemos em Paris?

Com a proximidade dos Jogos Olímpicos de Paris, voltamos à questão de sempre: quais são as nossas chances de medalha? Especialistas nos mais diversos esportes são convidados por jornais, emissoras de TV e websites especializados para emitir sua opinião sobre os atletas brasileiros de destaque em cada modalidade. Nossa intenção aqui não é substituir opiniões especializadas, mas tentar prever o total de medalhas em Paris utilizando um modelo estatístico que não utiliza nenhuma informação direta sobre o desempenho de esportistas.

O modelo foi proposto pelos economistas Andrew Bernard e Meghan Busse há 20 anos. Eles estimaram a fração de medalhas conquistadas pelos países como função de um conjunto restrito de variáveis —a população, a renda per capita, o número de medalhas conquistadas nos jogos anteriores e a identidade do país sede. Eles ainda usavam o fato de o país ser ou não comunista mas, como isso não se aplica atualmente, deixamos essa informação de fora.

Antes de tudo, uma explicação: qual é a lógica por trás dessas variáveis? A população importa pois, quanto maior o país, maiores as chances de aparecer atletas de alto rendimento. É a tal da lei dos grandes números. Já a renda per capita é potencialmente relevante, pois países mais ricos possuem mais recursos para investir em esportes, levando a um melhor desempenho olímpico.

O país sede deve levar alguma vantagem por causa da pressão da torcida, do maior incentivo aos atletas para fazer bonito em casa e do investimento extra do próprio país para viabilizar um desempenho melhor. Por fim, o número de medalhas na edição anterior capta a persistência nesse processo —afinal, uma boa geração de atletas tende a disputar várias olimpíadas.

O que você está lendo é [Quantas medalhas ganharemos em Paris?].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.

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