Star Wars Outlaws aposta na nostalgia para superar fadiga da franquia

É preciso buscar muito tempo atrás, em uma galáxia muito, muito distante, para encontrar uma época em que produtos de "Star Wars" eram uma raridade. Só nos últimos cinco anos foram lançados um filme longa-metragem, quatro séries de animação, seis seriados live action e dez games inéditos baseados no universo criado em 1977 por George Lucas.

Mesmo em um mundo saturado pela franquia, Julian Gerighty, diretor criativo de "Star Wars Outlaws", acredita que ainda há um território a ser explorado pelo seu novo jogo. "Desde o início queríamos fazer um jogo de mundo aberto de 'Star Wars'. Isso nunca tinha sido feito. Colocar o jogador no centro de todas essas opções de exploração", afirmou o desenvolvedor do Massive Entertainment, estúdio da Ubisoft que lidera o projeto do game, em entrevista à Folha durante o Summer Game Fest.

Há casos recentes, porém, em que ter um sistema de jogo inovador foi insuficiente para superar a fadiga de uma franquia superexplorada. Foi o que aconteceu, por exemplo, como "Marvel's Avengers".

Lançado em setembro de 2023, cerca de um ano depois de "Vingadores: Ultimato" —título que encerrou uma sequência de 17 filmes protagonizados pela trupe de heróis em sete anos—, o jogo de ação em terceira pessoa da Square Enix se tornou um dos maiores fracassos comerciais recentes do mundo dos games.

Apesar de ter um lançamento promissor, o jogo não caiu nas graças do público. Com um total de 3 milhões de cópias vendidas, resultou em um prejuízo de US$ 63 milhões para a Square Enix e foi retirado das lojas depois de apenas três anos.

"Star Wars Outlaws" espera traçar um caminho bem diferente. A começar pela aposta em uma protagonista totalmente nova e com perfil pouco explorado por outros jogos da franquia, mas que também apela fortemente à nostalgia.

Kay Vess, interpretada pela atriz Humberly González, é uma malandra que tenta fazer fama e fortuna no submundo da Orla Exterior, uma espécie de Han Solo em começo de carreira em versão feminina. Sua história se passa entre os acontecimentos dos filmes "O Império Contra-Ataca" e "O Retorno de Jedi", trazendo, além da temática, uma experiência visual que remete à trilogia original de "Star Wars".

"O filme ‘Rogue One’ foi muito importante para nós como exemplo, porque eles tiraram muita inspiração da trilogia original, mas aproveitando toda a tecnologia do século 21. Tentamos olhar através da mesma lente e fazer algo muito cinematográfico, com formato ultra widescreen e efeitos e tecnologia de lente replicando as câmeras dos anos 1970", diz Gerighty.

O game também apresenta uma proposta bem mais clara do que "Marvel’s Avengers", criticado por se perder entre ser uma experiência para um jogador ou um jogo como serviço com multiplayer cooperativo. Além disso, o título da Ubisoft apresenta muito mais diversidade em relação à jogabilidade do que o da Square Enix.

Em "Star Wars Outlaws", o jogador poderá explorar cinco planetas diferentes (tanto a pé quanto com uma speeder bike) com desafios de exploração, infiltração em bases inimigas e combate, além de contar com minigames e atividades opcionais.

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