Ações da Azul desabam em meio a receio sobre opções da empresa para lidar com dívida
As ações da Azul desabaram 23,45% na bolsa paulista nesta quinta-feira (29), renovando mínimas históricas, em meio a preocupações de investidores com eventuais estratégias que a companhia aérea possa buscar para lidar com suas dívidas.
De acordo com reportagem da Bloomberg News publicada na quarta (28), citando pessoas familiarizadas com o assunto, a Azul está avaliando opções que vão desde uma oferta de ações até a apresentação de um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos para fazer frente às obrigações de dívida que se aproximam.
Segundo uma fonte da Bloomberg, a Azul tenta evitar um pedido de recuperação judicial e agora está trabalhando com o Citi para uma potencial oferta de ações ou emissão de novas dívidas por meio de sua unidade de carga.
A companhia, ainda de acordo com a Bloomberg, também estuda uma possível fusão com a Gol, que hoje passa por um processo de recuperação judicial nos EUA. A fusão seria uma estratégia para convencer os credores de que uma nova companhia teria menos dívidas e melhores perspectivas de crescimento. Essa abordagem, porém, é vista como menos atraente, considerando as urgentes necessidades de caixa da Azul e os fracos resultados financeiros da empresa.
A Gol entrou com pedido de recuperação judicial nos EUA, tendo que lidar com US$ 2,7 bilhões (R$ 15,23 bilhões) em passivos de curto prazo e realizar mais de uma dezena de trocas de dívidas. Três outras companhias aéreas da América Latina –Avianca, Latam e Aeromexico— também entraram com o pedido nos últimos anos.
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