Brasil duplicou o número de mestres e quase triplicou o de doutores, mas ainda é pouco

Entre as duas décadas que separam 2001 e 2023, o Brasil teve um crescimento de 271% em seu número de doutores, e de 210% em seu número de mestres, aumento sem precedentes na história do país. Os dados foram revelados na pesquisa Brasil: Mestres e Doutores 2024.

O estudo, conduzido pelo Centro de Gestão de Estudos Estratégicos (CGEE), organização social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, levanta o questionamento: será que finalmente há doutores e mestres suficientes no Brasil? A resposta é não.

Desde 2010, o CGEE lança analisa a situação do sistema de Pós-Graduação brasileiro. Esses dados devem ser olhados com atenção, para que possamos compreender onde o país se encontra frente à agenda global de transformações. No mundo contemporâneo, a ciência possui um papel central para a construção de modelos sustentáveis de relações entre planeta e seres humanos.

O Brasil apresentou um importante crescimento e reduziu desigualdades regionais dos programas de pós-graduação. Apesar disso, ainda está distante da realidade não apenas de países do Norte Global, mas de muitos de seus vizinhos latino-americanos.

Para compreender melhor a realidade brasileira em relação ao mundo, é possível olhar a proporção de mestres e doutores titulados para cada 100 mil habitantes. Mesmo com todos os esforços de expansão, o país apresentou o menor número de mestres titulados em comparação a 24 países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

Em relação aos doutores, a situação é apenas um pouco melhor: o país ocupa a 22ª posição entre os 24 países. Enquanto o Brasil possuía, em 2023, cerca de 10 doutores para cada 100 mil habitantes, o Reino Unido dispunha de cerca de 37. A Dinamarca possuía 35 e, a Alemanha, cerca de 34 doutores para cada 100 mil alemães.

Mas, afinal, qual a importância de mestres e doutores para um país? Diante das mudanças climáticas, epidemias globais, crises na biodiversidade e centralidade da segurança alimentar, é possível dizer que a ciência nunca foi tão central para garantir a vida na Terra.

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