Thomas Piketty faz um livro para preguiçosos sacrificando argumentos

Em finais da década passada, fez algum sucesso entre jornalistas uma página no Facebook chamada "Eliane Brum para Preguiçosos". Era um desses empreendimentos que se tornam óbvios depois de realizados.

Dia após dia, no extinto site El País Brasil, a colunista Eliane Brum desenvolvia algum texto sério, importante (Brum foi das primeiras jornalistas a insistir na incontornável conexão entre temas sociais e ambientais) e, invariavelmente, palavroso. A colunista era prolixa a ponto de fazer perfis da revista Piauí parecerem resenhas da Ilustrada.

Era aí que entrava o esforço, digamos, jornalístico de "Eliane Brum para Preguiçosos". Em seguida a uma caudalosa coluna defendendo o distanciamento social, no início da pandemia, a página resumiu o texto assim: "Fica em casa. FIM".

Em 2018, para sintetizar um artigo de centenas de palavras crítico ao então candidato Jair Bolsonaro, a frase: "Ele não. FIM". E, meses depois, já com o pior governo da história do país em marcha, a fim de resumir o espanto e a indignação da colunista, a constatação: "Tá puxado. FIM".

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