Dólar fecha em alta em dia marcado por volatilidade no exterior

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O dólar fechou em alta nesta segunda-feira (7), em um dia marcado pela alta volatilidade no exterior. No radar dos investidores, dados econômicos que serão divulgados no Brasil, nos Estados Unidos, Europa e China ao longo da semana.

A moeda norte-americana encerrou o dia em alta de 2,22%, vendida a R$ 5,1714. Veja mais cotações.

Com o resultado, passou a acumular alta de 0,12% no mês – mas segue em queda de 7,24% no ano frente ao real.

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Embora a segunda-feira esteja com uma agenda mais vazia, a semana é marcada pela divulgação de indicadores econômicos importantes no Brasil e no mundo. Entre os indicadores que serão divulgados, os de maior impacto no mercado nacional e, consequentemente, no preço do dólar, são os dados de inflação aqui e nos EUA.

Segundo a edição desta semana do Boletim Focus, relatório em que o Banco Central do Brasil reúne as expectativas de especialistas do mercado para a economia do país, as projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2022 voltaram a subir. As estimativas para a inflação oficial no final do ano passaram de 5,61% para 5,53%.

Já nos EUA, onde a inflação anual está nos maiores patamares em quatro décadas, as previsões para o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) de outubro é de uma alta de 0,6%, segundo estimativas consolidadas pelo ysoke. Em setembro, o CPI avançou 0,4%, acima do esperado por especialistas.

Uma inflação maior nos EUA é um peso negativo contra a valorização da moeda brasileira em relação ao dólar. Com os preços altos no país, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) continua sua trajetória de elevação das taxas de juros, hoje entre 3,75% e 4,00% ao ano, após uma alta de 0,75 ponto percentual na última reunião do comitê de política monetária estadunidense.

Antonio van Moorsel, sócio e diretor do Advisory da Acqua Vero Investimentos, explica que, quanto maiores são os juros nos EUA, maior é o rendimento dos títulos públicos americanos - que são considerados os mais seguros do mundo.

Assim, se as taxas sobem por lá, a tendência é que os investidores retirem suas reservas de ativos de risco, como o moeda brasileira, e coloquem nos títulos que oferecem menos risco por um retorno atrativo, favorecendo o dólar.

Também nos EUA, amanhã acontecem as eleições de meio de mandato, que renovam a Câmara dos Deputados do país e parte do Senado.

Na China, o governo reafirmou sua política de tolerância zero contra os casos de covid-19, "esfriando as especulações da semana passada sobre flexibilização das restrições", afirmam analistas do BTG Pactual. Essa política de tolerância zero impacta o crescimento econômico do país, que é um dos principais demandantes por commodities e outros diversos tipos de produtos no mundo.

No Brasil, além das expectativas com os dados de inflação e outros indicadores econômicos, as atenções permanecem voltadas ao cenário político, em um momento em que a equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva negocia com o governo de Jair Bolsonaro para realizar a transição dos poderes.

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