Estudantes fazem protesto no Centro do Rio contra cortes de verbas nas universidades públicas

Estudantes fizeram, na tarde desta quarta-feira (7), um protesto no Centro do Rio de Janeiro, contra os cortes de verbas do governo federal às universidades públicas. Os alunos se reuniram em frente a um dos prédios da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Além do medo de a UFRJ não conseguir mais funcionar devido à redução no orçamento, os 10 mil bolsistas da universidade ainda temem não conseguir chegar às aulas ou se manter no Rio com os auxílios cortados.

“A situação dos alunos que são bolsistas, ou seja, os estudantes que vieram de escolas públicas, os estudantes que são de outros estados, pobres de forma geral, não receberam a bolsa e, nisso, tem estudante que não tem dinheiro pra se alimentar, tem estudante que está com risco de ser despejado da sua casa porque recebe auxílio-moradia e agora não está recebendo mais. É uma situação das piores da história de toda a UFRJ”, define o aluno João Pedro de Paula, membro do DCE da UFRJ.

Aos 20 anos, Jéssica Pinheiro está no quarto período de Ciências Sociais, e recebe bolsa da universidade. Com o campus no Centro do Rio, a moradora de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, conta com a bolsa para o deslocamento, já que, sem o auxílio, ela não tem condições de sequer ir diariamente à faculdade.

No quarto período de licenciatura em Dança, Laís Branco contou que, sem o dinheiro da bolsa, também não conseguirá se formar.

Segundo a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior, o bloqueio foi de mais de 💥️R$ 58 milhões nas universidades e institutos federais do Rio. Em todo o Brasil, corte do governo federal neste fim de ano atinge R$ 431 milhões.

“Zerando os caixas das instituições, universidades e institutos federais. Então, para além de todo o drama institucional, para além desse apagão administrativo, num governo e num exercício orçamentário que deveriam terminar apenas no dia 31 de dezembro, o que nós estamos vendo acontecer a a partir de agora é um drama humano imenso, porque nós estamos vendo muita gente sem condição de subsistência”, define Ricardo Marcelo Fonseca, presidente da Andifes.

Na UFRJ, cortes atingem serviços de limpeza, segurança, restaurante universitário e, até mesmo, os hospitais como Clementino Fraga Filho, o maior do estado do Rio em volume de consultas ambulatoriais.

Os servidores públicos também temem problemas com o pagamento de salário. Os contratos já estavam sendo remanejados e renegociando com fornecedores para enfrentar o bloqueio que já ultrapassa R$ 15 milhões, mas, agora, o governo federal avançou em despesas já contadas.

A 💥️TV Globo tentou contato com o Ministério da Educação e aguarda retorno.

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