Brittney Griner é libertada na Rússia em troca de prisioneiros entre os EUA e o Kremlin
Brittney Griner foi condenada na Rússia a 9 anos de prisão por porte de drogas e contrabando — Foto: Evgenia Novozhenina/Reuters
A jogadora de basquete norte-americana Brittney Griner, presa em Moscou desde o início do ano, foi solta nesta quinta-feira (8), informou a Casa Branca.
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Griner foi libertada em uma troca inédita de prisioneiros entre Rússia e Estados Unidos, que concederam liberdade ao ex-integrante do exército russo Viktor Bout, apontado como um dos maiores traficantes de armas do mundo ().
A atleta foi condenada pela Justiça russa após ser presa por porte ilegal de óleo de cannabis ao entrar no aeroporto de Moscou, em março. Viktor Bout estava na prisão norte-americana havia dez anos, para o cumprimento de 25 anos de prisão por conspirar para vender armas que seriam usadas contra os EUA.
De acordo com Washington, nesta quinta, Griner já estava sob custódia de autoridades dos Estados Unidos a caminho do país. Agências de notícias russas informaram que a troca de prisioneiros ocorreu no aeroporto de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. A atleta Griner chegou de Moscou em um voo privado, acompanhada de autoridades russas.
O governo dos Emirados Árabes Unidos afirmou que intermediou as negociações. O Ministério das Relações Exteriores russo confirmou que trocou a estrela do basquete norte-americano pelo cidadão russo Viktor Bout.
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O presidente Joe Biden anunciou a libertação da jogadora ao lado da esposa dela, em um pronunciamento na Casa Branca. Os dois chegaram a ser fotografados durante uma conversa, por telefone, com a atleta.
2 de 3 O presidente dos EUA, Joe Biden, e a esposa de Brittney Griner, Cherelle Griner, conversam com Britney Griner pelo telefone após ela ser solta na Rússia — Foto: POTUS/Twitter
O presidente dos EUA, Joe Biden, e a esposa de Brittney Griner, Cherelle Griner, conversam com Britney Griner pelo telefone após ela ser solta na Rússia — Foto: POTUS/Twitter
Campeã da WNBA norte-americana, Griner havia sido condenada a nove anos de prisão, uma pena que Washington chamou de arbitrária. Desde o julgamento, o governo norte-americano negociava com Moscou uma troca de prisioneiros para conseguir libertar a atleta, que também jogava em uma equipe da Rússia.
3 de 3 O russo Viktor Bout, acusado de ser traficante de armas, é escoltado após uma audiência em um tribunal criminal em Bangcoc em 5 de outubro de 2010 — Foto: REUTERS/Sukree Sukplang
O russo Viktor Bout, acusado de ser traficante de armas, é escoltado após uma audiência em um tribunal criminal em Bangcoc em 5 de outubro de 2010 — Foto: REUTERS/Sukree Sukplang
Viktor Bout é um ex-tenente-coronel do Exército Soviético que o Departamento de Justiça dos EUA já apontou como um dos maiores traficantes de armas do mundo.
Bout cumpria sentença de 25 anos sob a acusação de conspirar para vender dezenas de milhares de dólares em armas que autoridades dos EUA alegam que seriam usadas contra Washington.
Ele se tornou um dos homens mais procurados do mundo durante sua carreira como negociante internacional de armas e foi apelidado de "o Mercador da Morte" em uma biografia de 2007.
Griner foi presa em 5 de março deste ano, poucos dias após a Rússia invadir a Ucrânia. Durante as férias da WNBA - a liga feminina de basquete dos EUA - a norte-americana costumava jogar em um time russo na temporada de basquete do país.
Dessa vez, no entanto, ela foi parada pela polícia no aeroporto de Moscou por porte de óleo de cannabis detectado por cães farejadores. Sua defesa alegou que Griner tinha prescrição médica para usar o óleo.
A Justiça russa ignorou a alegação e levou a atleta a julgamento. Em agosto, ela foi condenada, recorreu mas não conseguiu reverter a sentença de nove anos de prisão. Em novembro, Griner foi enviada a uma colônia penal - um modelo de prisão russa da época soviética - na Moldávia.
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