Trégua à dúvida: Entenda a disputa entre EUA e China mesmo após pausa anunciada no G20
💥️Por ysoke.com & A disputa comercial entre os EUA e a China é um dos principais temas econômicos no mercado financeiro global em 2018 e deverá seguir dominando o noticiário no próximo ano.
Criada e promovida pessoalmente por Donald Trump, a crise entre as duas maiores potências globais começa a ter impactos mensuráveis na economia real com queda nos índices de confiança e números de comércio na China e aumento de preços e arrefecimento da economia norte-americana.
A disputa que começou em março com a imposição pelos EUA de tarifas sobre aço e alumínio a diversos países se intensificou em abril com a imposição de 25% de sobretaxa sobre US$ 50 bilhões de importações chinesas, medida imediatamente retaliada por Xi Jinping. Em julho, Trump anunciou mais 10% de taxas sobre US$ 200 bilhões adicionais de produtos, e na sequência ameaçou elevar essa alíquota para 25% e acrescentar a sobretaxa em outros US$ 250 bilhões de importações caso a China voltasse a retaliar. Em paralelo, as negociações entre os países falharam seguidas vezes.
Em meio a sinais de que a economia dos dois países pode sentir o impacto da guerra comercial, Trump e Jinping se reuniram no G20 e os países informaram um cessar-fogo de 90 dias sem, contudo, oferecerem mais detalhes sobre o acordo.
A lufada de confiança que empurrou o mercado na segunda-feira logo após o anúncio perdeu fôlego já no dia seguinte, quando Trump voltou a ameaçar a China em um tuíte. O presidente dos EUA disse que faria um acordo se fosse possível, mas recorreria a tarifas se as negociações fracassassem e se atribuiu o apelido de “homem-tarifa”.
The negotiations with China have already started. Unless extended, they will end 90 days from the date of our wonderful and very warm dinner with President Xi in Argentina. Bob Lighthizer will be working closely with Steve Mnuchin, Larry Kudlow, Wilbur Ross and Peter Navarro…..
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 4 de dezembro de 2018
……on seeing whether or not a REAL deal with China is actually possible. If it is, we will get it done. China is supposed to start buying Agricultural product and more immediately. President Xi and I want this deal to happen, and it probably will. But if not remember,……
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 4 de dezembro de 2018
….I am a Tariff Man. When people or countries come in to raid the great wealth of our Nation, I want them to pay for the privilege of doing so. It will always be the best way to max out our economic power. We are right now taking in $billions in Tariffs. MAKE AMERICA RICH AGAIN
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 4 de dezembro de 2018
…..But if a fair deal is able to be made with China, one that does all of the many things we know must be finally done, I will happily sign. Let the negotiations begin. MAKE AMERICA GREAT AGAIN!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 4 de dezembro de 2018
Na quarta-feira, a prisão no Canadá e pedido de extradição para os EUA de Meng Wanzhou, vice-presidente financeira da chinesa Huawei Technologies e filha do presidente-executivo e fundador da empresa, assustou o mercado global. O movimento visto como bastante agressivo do governo norte-americano estaria ligada a violações das sanções impostas ao Irã e atinge uma empresa muito representativa da disputa entre China e EUA.
A forte ligação da Huawei com o Partido Comunista e o receio de que equipamentos da companhia estejam sendo desenhados com falhas propositais para dar acesso à espionagem chinesa levou ao banimento de compras governamentais de países, entre eles EUA. O passado de suspeita de plágio de tecnologia de empresas norte-americanas também pesa sobre a avaliação da empresa. Entenda aqui porque a empresa é tão controversa no Ocidente.
Os países, contudo, seguem publicamente defendendo que estão muito confiantes em um acordo.
Na sexta-feira, Trump voltou a se pronunciar sobre as conversas com a China em seu Twitter, dizendo que as negociações “estão indo muito bem”.
China talks are going very well!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 7 de dezembro de 2018
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