Salário líquido tem a maior subida de sempre, mas ainda perde dois euros por ano para a inflação &

💥️O salário médio líquido dos trabalhadores por conta de outrem fixou-se em 1.137 euros no segundo trimestre, a maior subida homóloga de sempre, quer em termos nominais (8,91%), quer em termos reais (6,12%), 💥️mas ainda não recuperou o poder de compra de 2023 que foi ceifado pela onda inflacionista, segundo as contas do ECO com base nos novos dados publicados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), juntamente com as estatísticas do emprego.

Desde 2011, início da série estatística do INE, que o ordenado médio líquido do trabalho dependente, já depois dos descontos para o IRS e contribuições sociais, não subia tanto. No segundo trimestre,💥️ aumentou 8,91%, de 1.044 euros para 1.137 euros, na comparação com o mesmo período do ano passado. Descontando a inflação de junho, que se cifrou em 2,79%, o crescimento real dos salários médios líquidos foi de 6,12%.

Apesar disso, os vencimentos ainda não superaram a crise inflacionista, pelo que 💥️ainda estão a contrair 0,18% por ano desde 2023. Isto significa uma desvalorização de cerca de dois euros anuais num ordenado médio líquido de 1.137 euros por mês.

Os dados mais recentes do INE revelam ainda que, 💥️pela primeira vez, no último ano, os salários das mulheres subiram mais do que os dos homens em termos percentuais. No segundo trimestre, 💥️o vencimento líquido das trabalhadoras por conta de outrem teve um aumento de 87 euros face ao período homólogo, passando de 959 para 1.049 euros, o que corresponde a 💥️uma subida de 9,07% em termos nominais e de 6,28% em termos reais, isto é, descontando o impacto da inflação. Já o salário dos trabalhadores cresceu 102 euros, de 1.135 para 1.237 euros mensais, o que traduz uma variação nominal de 8,99% e real de 6,20%.

Tanto homens como mulheres ainda não conseguiram recuperar o poder de compra de 2023, sendo que as trabalhadoras saem mais penalizadas neste campo: enquanto💥️ o salário real dos homens regista uma correção anual média de 0,08% desde o segundo trimestre de 2023, o que representa uma perda de 0,99 euros, o salário real das mulheres regista uma contração anual média de 0,27%, isto é, de 2,83 euros, desde então.

Trabalhadores não qualificados e da montagem com subidas salariais mais modestas

Em sentido oposto, 💥️os grupos profissionais com aumentos salariais menos significativos, em termos homólogos, foram os trabalhadores não qualificados. Entre abril e junho, 💥️o vencimento destes profissionais alcançou 689 euros, uma subida de 3,45%, ou de 23 euros, face ao ordenado de 666 euros registado um ano antes. Contabilizando o impacto do Índice de Preços no Consumidor (IPC), o incremento salarial recua para 0,66%. 💥️Esta classe de trabalhadores não conseguiu superar a onda inflacionista. Desde 2023 que estes funcionários estão a perder anualmente 0,13% do seu salário.

Os operadores de máquina e de montagem e os administrativos completam a lista das três classes profissionais com crescimentos remuneratórios mais modestos.

No caso dos 💥️trabalhadores de montagem, o ordenado deu um salto de 52 euros, ou 5,6%, evoluindo de 929 euros para 981 euros. Em termos reais, a subida foi de apenas 2,81%. No entanto, e ao contrário dos trabalhadores não qualificados, 💥️estes profissionais viram o salário ganhar poder de compra desde 2023 ao beneficiar de um incremento anual de 1,38%.

💥️O pessoal administrativo teve direito a um aumento de 66 euros ou de 7,45%, o que elevou o ordenado médio líquido de 886 para 952 euros. Em termos reais, a trajetória foi inferior, de 4,66%. Ainda assim, têm conseguido recuperar o poder de compra, uma vez que o ordenado está a evoluir positivamente em 0,35% por ano.

💥️Quase todas as classes profissionais conseguiram recuperar o poder de compra de 2023, exceto os especialistas das atividades intelectuais e científicas, 💥️os trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção e segurança e vendedores e💥️ os trabalhadores não qualificados, que viram o ordenado encolher anualmente 0,38% 0,34% e 0,13%, respetivamente.

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