Na Amazônia, turismo ecológico muda a realidade de ribeirinhos
Por uma pequena trilha dentro da comunidade ribeirinha do Tumbira, em Iranduba (AM), às margens do Rio Negro, o guia turístico Alessandro Brito, 27, conduz os visitantes a mergulharem numa pequena parte da floresta amazônica.
A cena se repete desde 2008, quando 💥️a ilha se tornou uma reserva de desenvolvimento sustentável, possibilitando a Alessandro e outros ribeirinhos uma nova vida por meio do turismo comunitário.
Relacionadas
A quatro horas de barco de Manaus, no coração da Amazônia,💥️ o caminho leva a uma gigantesca ysokepemba, árvore nativa do bioma, conhecida por sua enorme raiz e pelo formato tubular na base do tronco. Com a aparência de um banquinho, ela serve como um convite da natureza para sentar, descansar e relaxar sob os múltiplos sons e aromas da floresta.
Como conta o guia turístico a 💥️Ecoa, 20 anos atrás, a árvore servia a madeireiros, que utilizavam sua base, oca e bastante sonora, para se comunicarem. Quando estavam perdidos, eles batiam algumas vezes no tronco para pedir socorro.
As múltiplas formas de se comunicar estão, aliás, no coração dos moradores do Tumbira, como pudemos ver ao longo da caminhada — de assobios voltados a um macaco a leves grunhidos, é assim que Alessandro conversa com os habitantes de seu quintal.
"Aqui tem muito macaco, veado roxo, cotia, paca, aves e uma variedade enorme de pássaros", diz o rapaz nascido e criado na comunidade ribeirinha, onde hoje vivem 100 pessoas de 35 famílias.
Paisagens da região são um forte atrativo turístico💥️Com tudo feito de maneira horizontal, envolvendo os ribeirinhos, respeitando as tradições e a cultura local e gerando renda para as famílias, a iniciativa marcou uma virada de chave na história da comunidade, que hoje respira o turismo de base comunitária, guiado pela conservação da sociobiodiversidade.
Somente em 2022, o turismo comunitário promovido pela Poranduba gerou R$ 347 mil para o Tumbira e para a comunidade vizinha de Santa Helena. No total, 40 famílias ribeirinhas foram impactadas. "A estimativa é de que, através dessa renda gerada, ajudemos a manter em pé 500 hectares de floresta", afirma Mangolini.
✅*A reportagem de Ecoa viajou à comunidade do Tumbira, em Iranduba (AM), a convite do projeto Creators Academy.
O que você está lendo é [Na Amazônia, turismo ecológico muda a realidade de ribeirinhos].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.
Wonderful comments