É violento viver sabendo que posso levar uma voadora só por existir

Gabriel Campolina lutador da seleção de taekwondo Gabriel Campolina lutador da seleção de taekwondo Imagem: Reprodução/Instagram

Ao ler a notícia escrita pelo repórter Demetrio Vecchioli sobre o caso do lutador negro que levou uma voadora estar abraçado a uma mulher branca, não há como não temer. Mas é um medo diferente, confesso, mesmo sendo negro e tendo, em grande maioria, relações com pessoas não negras - ou seja, brancos.

Meu receio é não ter quem se coloque de frente, sobre quem se diz ''aliado''. Sobre não saber como controlar a ação do outro e, talvez, piorar a retaliação a mim. Afinal de contas, é esperado que, de um corpo negro, saiam ações violentas e de rispidez. Agora: e de um corpo branco? O que esperam? Só a passabilidade de serem, em muitos casos, imunes a receber uma agressão, mesmo quando estressados?

Grande parte das pessoas que estão em minha volta são brancas, de diferentes faixas etárias, e majoritariamente, mulheres. Corpos que historicamente sofrem pela desigualdade de gênero resultada do machismo. Se elas tentarem levantar suas mãos para apartar, o que pode acontecer?

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