Conselho Nacional da CGTP-IN reunido hoje para apresentar reivindicações de “aumentos salariais significativos para to
O Conselho Nacional da CGTP-IN reúne-se hoje, na sede da CGTP-IN, sita na Rua Vitor Cordon, nº 1-2º, em Lisboa, e, vai apresentar as conclusões da reunião, em conferência de imprensa ao final da tarde, elas 18h00.
Em comunicado, a intersindical “destaca a apresentação das Prioridades da Política Reivindicativa para 2025, que inclui, nomeadamente, propostas de aumentos salariais significativos para todos os trabalhadores dos sectores privado e público e do salário mínimo nacional e assumem a valorização do trabalho e dos trabalhadores como eixo central de desenvolvimento e exigem a adoção de uma política em que os interesses nacionais se sobreponham aos interesses do grande capital”.
💥️CGTP-IN considera insuficiente aumento do salário mínimo em 40 euros
O secretário-geral da CGTP-IN, Tiago Oliveira, acusou ontem o Governo de uma política de perpetuação de baixos salários, considerando insuficiente o aumento do salário mínimo em 40 euros.
“Aquilo que está aí a ser veiculado é uma proposta de perpetuação de baixos salários”, afirmou Tiago Oliveira, em Rio Maior, no distrito de Santarém, perante cerca de meia centena de trabalhadores da empresa Nobre que ontem cumpriram a 14.ª greve por melhoria de salários e condições de trabalho.
Atualmente, o salário mínimo é de 820 euros brutos mensais e o acordo de rendimentos em vigor previa que, em 2025, subisse para 855 euros e, em 2026, para os 900 euros. Mas, segundo a imprensa, o Governo vai propor que o salário mínimo suba para 860 euros em 2025.
“Que diferença vão fazer 40 euros no nosso dia-a-dia?”, questionou o secretário-geral da CGTP-IN, que ontem participou numa reunião da concertação social, aludindo ao “brutal aumento do custo de vida” e exemplificando com o aumento das prestações bancárias nos últimos dois anos.
Num discurso de solidariedade para com os trabalhadores da Nobre, Alimentação, Lda, que há um ano lutam pelo aumento de salários, Tiago Oliveira acusou também a empresa de “perpetuar uma política de baixos salários”, elogiando os funcionários que se concentraram em frente à Câmara de Rio Maior em protesto.
“É na rua e à porta de quem nos faz mal, à porta das empresas” que é necessário “lutar por melhores condições de vida e de trabalho”, disse, sublinhando que, no caso da Nobre, de um lado está “uma grande empresa que continua a amealhar milhões de lucros todos os anos”, e do outro “os interesses de mais de 600 trabalhadores que todos os meses têm que lutar para chegar ao fim do mês tendo condições para ter uma vida digna”.
A greve, convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB), acontece pela falta de respostas da empresa ao caderno reivindicativo apresentado à no início do ano e que exigia um aumento salarial de 150 euros, a valorização do subsídio de refeição e do trabalho noturno, a implementação de diuturnidades, direito a 25 dias de férias e o fim do recurso à contratação precária, entre outras reivindicações.
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