HomeNoticiasArticleMP: Padre comprou imóvel de luxo com verba desviada e pôs em nome de bebê31/10/202416 Vista aérea do prédio em que Egídio tinha apartamento, na praia de Cabo Branco, em João Pessoal Imagem: DivulgaçãoA Justiça da Paraíba recebeu uma denúncia e tornou réu o padre paraibano Egídio de Carvalho Neto, 57.Ele será julgado por desvio de verba, ocultação de bens e lavagem de dinheiro na compra de um apartamento vizinho ao mar de João Pessoa, registrado em nome de um bebê, em dezembro de 2022. À época, criança tinha 1 ano e 11 meses. O imóvel está avaliado hoje em mais de R$ 700 mil.A denúncia foi feita pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado) do MPPB (Ministério Público da Paraíba) no último dia 23 e foi aceita na data seguinte pelo juiz José Guedes Cavalcante Neto, da 4ª Vara Criminal da Capital.A coluna não conseguiu localizar o padre, que está em prisão domiciliar desde abril por tratar uma doença grave. Egídio está sem advogado nesse caso. Na decisão, o juiz solicita que, caso ele não apresente recurso no prazo, passe a ser defendido pela Defensoria Pública do Estado.Juca KfouriA melhor derrota da vida do Botafogo Reinaldo AzevedoMotta traduz hipertrofia nefasta do LegislativoJosé Roberto de ToledoGoverno fraco ficou mais enfraquecido após eleiçãoDiogo CortizFiquei surpreso com o que o ChatGPT sabe sobre mimPadre foi preso em outubro de 2023A descoberta do suposto esquema veio durante as investigações da Operação Indignus, que apura o desvio de recursos públicos e recebimento de propina de instituições de caridade que o padre coordenava na Paraíba.Egídio responde a diversas ações na Justiça da época em que chefiava três entidades ligadas à Igreja Católica, entre 2013 e 2023: Hospital Padre Zé, Instituto São José e Ação Social Arquidiocesana.Ele foi afastado dos cargos pelo Arcebispado e de suas funções eclesiásticas em outubro de 2023, quando foi preso na primeira operação da polícia e as denúncias de irregularidades foram divulgadas.O padre Egídio é suspeito de desviar recursos para comprar imóveis, bebidas, viagens e um carro de luxo. Os valores eram retirados de doação de comida a pessoas pobres e do custeio do Hospital Padre Zé, que atende 18 mil pacientes por ano pelo SUS. (✅Leia mais abaixo) Padre Egídio é investigado por uma série de denúncias de desvio de verbas Imagem: FacebookContinua após a publicidadeRelacionadasPadre é suspeito de roubar hospital dos pobres para comprar imóveis de luxoDe adega a cristais: MP aponta como padre preso usou verba pública desviadaProgramas ligados a padre preso deixam de entregar 8 mil refeições por diaComo a doação do imóvel aconteceuOs R$ 480 mil usados para comprar o apartamento vieram "por meio de práticas criminosas durante a gestão dos projetos e atividades" das entidades, de acordo com Gaeco. O apartamento fica no 4º andar de um prédio em Cabo Branco, bairro à beira-mar da capital paraibana e com um dos maiores valores por metro quadrado do estado.O imóvel, segundo a investigação, é incompatível com o patrimônio do padre. Os rendimentos que Egídio declarou em 2022 apontam para um total de R$ 238,5 mil, sem contar descontos de Previdência e impostos. O único bem registrado em seu nome, à época, era um imóvel declarado de R$ 85 mil.Todo o processo burocrático ocorreu de forma rápida, o que chamou a atenção dos investigadores. A escritura de compra e venda foi lavrada em cartório no dia 27 de julho de 2022, e a doação do imóvel para o menor já estava concluída em 22 de dezembro do mesmo ano.✅O ato final, nitidamente buscando finalizar o procedimento antes do término do ano calendário 2022 (31 de dezembro de 2022), [com] o intuito de ocultar a transação imobiliária supra, mormente a fonte de seu custeio (compra do imóvel e pagamento das despesas tributárias envolvidas).💥️Denúncia do GaecoA criança, segundo a apuração, não possui parentesco com Egídio, o que indica que ela foi usada apenas para ocultar o bem do seu patrimônio. Para justificar a doação, diz a investigação, Egídio alegou ter um "profundo carinho e afeto pela criança", de quem afirma ser seu padrinho; mas o Gaeco alega que não confirmou esse vínculo.Continua após a publicidadeNewsletterOLHAR APURADOUma curadoria diária com as opiniões dos colunistas do sobre os principais assuntos do noticiário.Quero receber Fachada do prédio onde o padre Egídio tinha apartamento, em João Pessoa Imagem: DivulgaçãoSuspeitas contra o padreA suspeita é que o esquema que seria chefiado pelo padre tenha desviado cerca de R$ 140 milhões. O valor teria sido usado para pagar uma série de serviços e bens, como 29 imóveis —alguns de luxo, como apartamentos, adegas e obras de arte.Carros e cristais também estariam entre as aquisições. Até a faculdade de medicina do sobrinho dele, em São Paulo, com mensalidade de R$ 13 mil, teria sido paga com a verba.✅Todos os imóveis de propriedade de Egídio possuíam adornos luxuosos, tais como obras de arte, artes sacras, cristais, eletrodomésticos, equipamentos domésticos, peças de vestuários e acessórios no geral.💥️MP-PB Condomínio de luxo na praia do Cabo Branco, em João Pessoa, onde o padre teria comprado cobertura Imagem: DivulgaçãoReportagemTexto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.O que você está lendo é [MP: Padre comprou imóvel de luxo com verba desviada e pôs em nome de bebê].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.Links
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