Mar deve subir 16 cm em Rio de Janeiro e Atafona (RJ) até 2050, projeta ONU

Uma série de estudos recentes mostram que o aumento no nível dos oceanos, impulsionado pelo aquecimento global, está acontecendo em ritmo cada vez mais acelerado. Diante desse cenário, as cidades do Rio de Janeiro e de Atafona (RJ), no litoral fluminense, podem enfrentar um aumento médio das águas de 16 cm entre 2023 e 2050.

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A projeção integra um novo relatório divulgado pelas Nações Unidas nesta terça-feira (27). O documento, que compila o resultado de vários trabalhos recentes relacionados ao tema, foi descrito pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, como um "um SOS para o aumento do nível do mar".

A simulação apresentada para o Brasil foi calculada utilizando uma ferramenta desenvolvida por cientistas da Nasa (agência espacial americana), que incorpora as projeções de aumento do nível do mar feitas pelo IPCC (painel de especialistas do clima da ONU) mediante diferentes cenários de aquecimento (de 1,5°C a 5°C).

O documento apresenta as previsões para importantes áreas costeiras de estados-membros do G20 –grupo que integra as 20 maiores economias do mundo– em um cenário de 3°C no planeta. Segundo a ONU, trata-se de uma conjuntura "aproximadamente consistente com um caminho de políticas atuais".

Até 2050, a maioria das grandes cidades costeiras do bloco deve ter um incremento adicional do nível do mar de mais de 15 cm, com seis cidades (Atlantic City, Boston, Nova Orleans, Nova York, Osaka e Xangai) potencialmente com um aumento entre 24 cm a 41 cm.

No Brasil, as duas cidades avaliadas apresentam resultados semelhantes. Rio de Janeiro e Atafona (RJ), que já tiveram um aumento observado de 13 cm no nível do mar entre 1990 e 2023, têm projetadas uma elevação média de 16 cm (entre 12 cm e 21 cm) até 2050.

O relatório não indica problemas regionais específicos para o Brasil e para a América Latina, mas destaca que a subida dos oceanos potencialmente terá consequências devastadoras para diversas populações do planeta, além de danos substanciais às economias.

"Grande parte da população mundial, das atividades econômicas, da infraestrutura crítica e dos sítios de patrimônio cultural mundial está concentrada perto do mar: a zona costeira de baixa elevação [que está no máximo 10 metros acima do nível médio do mar] gera cerca de 14% do PIB global e abriga quase 11% da população mundial, cerca de 900 milhões de pessoas, um número projetado para ultrapassar 1 bilhão até 2050", diz a publicação.

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