Mortes: Sambista, fez história no Carnaval de Florianópolis

Nascido em 1940 no Morro do Céu, em Florianópolis, Lídio Augusto Costa Filho, o seu Lidinho, como era conhecido, foi uma das figuras mais carismáticas do samba local e o passista mais antigo da escola Embaixada Copa Lord, que decretou luto de sete dias.

"O Carnaval e o samba em Florianópolis perdem um ícone, uma figura carismática e amada por todos", publicou a escola que ele integrou por seis décadas.

A amiga Claudete Fermiano lembra que Lidinho era a atração. "Todo mundo aplaudia, era muito querido e alegre. Nunca perdia um evento, podia ser qualquer horário. Ao menor sinal, já estava sambando. Foi e sempre será referência para todos os sambistas de Santa Catarina, será lembrado por gerações."

"Sempre muito querido, estava em todas as festividades do samba e pagode na cidade e era conhecido em todo o estado. Ele se mistura com a história da Copa Lord, é o rei da escola, que foi sua segunda casa; participou da diretoria e da nossa Velha Guarda", acrescenta Ari Cunha, amigo e presidente da Velha Guarda.

"Quem nunca encontrou Lidinho numa esquina, calçada de bar, vão do Mercado Público, sede de escola de samba ou na passarela Nego Quirido, em Florianópolis? Quem nunca se deixou contagiar por aquele senhor de pele preta, com baixa estatura, vestindo calça e sapatos brancos, usando chapéu de malandro e sambando miudinho?", publicou a jornalista Ângela Barros.

Torcedor do Avaí Futebol Clube, foi lembrado pelo time do coração. "Manezinho da Ilha nascido no Morro do Céu, era avaiano, sempre presente na Ressacada. Personalidade presente no Mercado Público, dono de um samba único. Lidinho, o passista mais antigo do Carnaval de Florianópolis."

O tradicional bloco carnavalesco Berbigão da Boca o chamou de "passista mais reverenciado e aplaudido" de Florianópolis.

"Presença constante e querida nas rodas de samba da cidade. Sua energia contagiante e seu sorriso inconfundível deixaram marcas profundas em todos que tiveram o privilégio de conhecê-lo. Seu Lidinho não era apenas um passista; ele era um símbolo da cultura e da alegria do nosso Carnaval", diz o texto.

Sempre bem vestido, integrou a Velha Guarda Musical da Copa Lord e com ela viajou o país, mostrando que Santa Catarina também tinha samba de qualidade, como recorda o amigo Denilson Machado. "Ele deixa o ensinamento de que temos que ser mais leves na vida, mesmo nos momentos difíceis de aproveitar, e sempre que tiver música, se divertir, sorrir e sambar."

"Tenho muito orgulho do que ele fez pela nossa família. Nunca deixou faltar nada. Como avô, sempre levava a gente no parquinho e dava um troquinho. E no samba, ele era único. Sempre foi muito feliz, mesmo na simplicidade da vida. E ele foi feliz até seu último dia", fala a neta Luiza Nunes Costa.

O sambista morreu no dia 5 de agosto, de parada cardíaca. Deixa esposa, cinco filhos, quatro netos e o samba catarinense de luto.

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