Blinken conclui viagem ao Oriente Médio sem avançar em plano de cessar-fogo

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, concluiu nesta quarta-feira (21) seu giro mais recente pelo Oriente Médio —o nono desde o início da guerra Israel-Hamas, em outubro passado.

A viagem, que incluiu passagens por Israel, Egito e Qatar, tinha sido descrita pelo chefe da diplomacia dos Estados Unidos como "a melhor e talvez última oportunidade" para alcançar um cessar-fogo. Mas as conversas seguem travadas, com o Estado judeu e o Hamas acusando-se mutuamente de impedir o progresso das negociações.

A trégua se tornou ainda mais urgente depois que Israel matou o líder da ala política do Hamas, Ismail Haniyeh, durante uma visita dele a Teerã no final do mês passado. O Irã prometeu retaliar, o que implica grandes riscos de uma regionalização da guerra —os EUA acreditam que uma pausa nos combates na Faixa de Gaza poderia evitar uma conflagração.

Blinken insiste que o impasse pode ser resolvido em breve. "Isto é algo que tem que ser feito, e tem que ser feito nos próximos dias", disse.

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Na segunda, ele tinha saído de uma reunião de três horas com o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, afirmando que o líder tinha concordado com a proposta para a trégua apresentada na semana passada.

Mas autoridades de Israel e do Hamas familiarizadas com as negociações disseram ao jornal The New York Times que o plano de Washington não indica soluções para as principais divergências entre Tel Aviv e os terroristas palestinos.

O presidente dos EUA, Joe Biden, conversou com Netanyahu por telefone na tarde de quarta, depois que Blinken já tinha deixado o Oriente Médio. Segundo uma porta-voz da Casa Branca, Emilie Simons, os dois discutiram "o acordo de cessar-fogo e libertação de reféns e os esforços diplomáticos para reduzir as tensões regionais" na ligação. A vice-presidente, Kamala Harris, também participou.

Na terça, o Hamas publicou um comunicado em que chamou o novo plano americano de "um retrocesso" em relação àquele com que tinham concordado no início de julho. Integrantes do grupo acusam Israel de ter voltado atrás em várias concessões, e vice-versa.

O único cessar-fogo na guerra até o momento ocorreu em novembro passado. A pausa de sete dias resultou na libertação de 105 do total de 250 pessoas sequestradas pelo Hamas nos ataques de 7 de outubro. Em troca, os israelenses libertaram 210 mulheres e crianças palestinas que estavam em suas prisões.

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