Quais processos e polêmicas pesam contra Guilherme Boulos e Marta Suplicy

O candidato a prefeito Guilherme Boulos (PSOL) e sua vice na chapa, Marta Suplicy (PT), têm uma lista de polêmicas e processos judiciais que inclui a atuação do deputado federal no MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) e a gestão da petista na prefeitura.

Alguns dos casos foram resgatados por adversários no contexto da campanha.

GUILHERME BOULOS

Currículo de professor

Como mostrou a 💥️Folha, Boulos enfatiza o currículo como professor desde os anos 2000 para rebater críticas de adversários que afirmam que ele nunca trabalhou, mas suas atuações na profissão se resumem a períodos esparsos, além de haver inconsistência em uma das experiências relatadas, com uma informação duplicada.

Desde a primeira experiência nas salas de aula, em 2006, até hoje, se passaram 18 anos. Em seu currículo, Boulos relata ter atuado como professor por aproximadamente metade desse tempo, em momentos intervalados. Apenas durante um ano e meio, porém, ele teve dedicação exclusiva, na rede estadual paulista.

Na última década, a principal atuação do hoje deputado sempre foi política. No entanto, ele afirma que não recebe e nunca recebeu nenhuma remuneração por parte do MTST.

Em nota, Boulos afirmou trabalhar desde 2006, quando passou a "atuar como professor de escola básica, professor convidado em cursos de especialização, pesquisador ou colunista de veículos da imprensa, sempre de forma remunerada".

Atuação no movimento de moradia e protestos

Os rótulos de invasor e radical têm ligação com a liderança de Boulos por mais de 20 anos no MTST. O hoje deputado coordenou invasões de terrenos e participou de manifestações tanto sobre a pauta da habitação como por outros temas sociais, políticos e econômicos.

Entre os episódios lembrados por adversários, está um protesto em que a fachada da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) foi depredada. Durante o ato, em 2016, Boulos disse: "A Fiesp defende a destruição do povo brasileiro. [...] Algumas vidraças quebradas não são nada perto do dano que a Fiesp faz para o povo trabalhador".

Em sabatina promovida pela 💥️Folha e pelo em julho, Boulos disse que a declaração foi dada "no calor da hora".

Outro protesto do MTST com presença de Boulos mencionado foi o que culminou na invasão do escritório do Ministério da Fazenda em São Paulo, em 2015, contra o ajuste fiscal da então presidente Dilma Rousseff (PT).

Caso do tríplex de Lula

Em fevereiro de 2023, Boulos virou réu sob acusação de ter invadido o tríplex em Guarujá (SP) ligado a Lula pela Operação Lava Jato em 2018. O então líder social se tornou alvo ao lado de outros dois integrantes do MTST e, embora não estivesse no local, foi acusado pelo MPF (Ministério Público Federal) de organizar e articular a ação, em protesto contra a prisão do petista.

Em junho do mesmo ano, a Justiça Federal trancou a ação penal, contemplando inicialmente Boulos. Os magistrados do Tribunal Regional Federal da 3ª Região que julgaram o caso consideraram que não havia indícios mínimos que justificassem o seguimento do processo.

Relatório favorável a Janones

Uma controvérsia recorrentemente lembrada por adversários é o relatório de Boulos que recomendou o arquivamento no Conselho de Ética da Câmara do processo por suspeita de "rachadinha" contra André Janones (Avante-MG).

O principal argumento foi que Janones ainda não tinha tomado posse quando foi gravado pedindo para auxiliares a devolução de parte do salário que eles receberiam na Câmara. O áudio da reunião, no entanto, indica o contrário.

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