Petz e Cobasi chegam a acordo para criar maior pet shop do Brasil

As redes de varejo de produtos e serviços para animais de estimação Petz e Cobasi anunciaram nesta sexta-feira (16) que assinaram acordo para uma combinação de suas operações, que criará a maior empresa no setor no país, unindo as duas companhias que já lideram o segmento.

O acordo prevê que a Petz será uma subsidiária integral da Cobasi, empresa que criou o conceito de megalojas de produtos para animais de estimação no país na década de 1980. Além disso, os acionistas da Petz terão 52,6% da empresa combinada.

A relação de troca é ligeiramente diferente dos 50%-50% que constavam em memorando de entendimento assinado em abril, quando as empresas anunciaram intenção de unirem operações.

O presidente-executivo e acionista de referência da Petz, com 30,57% da empresa, Sergio Zimerman, afirmou em conferência com analistas e investidores que a mudança na relação de troca decorreu de "um processo de ajuste para gerar conforto para ambas as companhias".

O conselho de administração do grupo combinado, que será listado no Novo Mercado, terá nove membros, sendo cinco indicados pelos controladores da Cobasi e quatro pelo acionista de referência da Petz, Sergio Zimerman.

As duas redes anunciaram em abril memorando de entendimento não vinculante para combinação dos negócios de olho em um mercado formado por mais de 139 milhões de animais de estimação, o segundo maior do mundo, de acordo com Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos.

Segundo Cruz, a cada 100 famílias brasileiras, 44 possuem um animal de estimação, enquanto apenas 36 têm crianças em casa.

Pelo acordo, os acionistas da Petz receberão R$ 400 milhões, quantia equivalente a R$ 0,85 e R$ 0,90 por ação, afirmou Zimerman na conferência. Anteriormente, a parcela em dinheiro do negócio seria de R$ 450 milhões.

Desse valor, R$ 130 milhões serão distribuídos em dividendos pela Petz antes do fechamento da operação com recursos oriundos de lucros acumulados da empresa. O restante será pago "pro rata" de acordo com a participação dos acionistas no capital da companhia. Esta parcela restante de R$ 270 milhões será paga em até 15 dias úteis do fechamento da transação por meio de resgate de ações da nova empresa.

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A união de Petz e Cobasi, que vai precisar de aprovação de órgãos de defesa da concorrência, algo previsto para ocorrer em 2025, vai criar uma companhia com receita bruta ao redor de R$ 7 bilhões, com cerca de 11% de participação de mercado, 494 lojas em mais de 140 cidades e 20 marcas próprias de produtos.

Na avaliação de Zimerman, a combinação das duas maiores empresas do setor no país será boa para o consumidor. Segundo ele, a chamada "racionalização" de abertura de lojas das duas redes terá um impacto "muito relevante e uma parte será repassada para o preço para a gente deixar o mundo físico mais competitivo e a outra parte recompor rentabilidade que tem sido pressionada pelo digital".

Para o executivo, a empresa combinada não vai "jogar no colo do fornecedor" e seguirá sendo pressionada por rivais que atuam no comércio eletrônico.

"Aumentar preço (para o consumidor) seria o fim das companhias...É fazer alguma bobagem em precificação e imediatamente os players do online vão abocanhar nossos clientes...O marketplace regula o mercado", disse Zimerman.

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