Veja livros de negócios recomendados pelo Financial Times

A discussão sobre felicidade no trabalho, uma comparação entre o comportamento de jogadores de pôquer com investidores e a desigualdade financeira para quem trabalha com inteligência artificial são alguns dos temas de livros recomendados pelo Financial Times para ler neste mês.

Veja abaixo as indicações

"Job Therapy: Finding Work that Works for You", de Tessa West

Você está infeliz no trabalho? É uma pergunta que muitos de nós, em algum momento, fazemos a nós mesmos. No entanto, na literatura de gestão, a mundanidade cotidiana da insatisfação no escritório às vezes é negligenciada, submersa pelo ímpeto de conselhos práticos.

Isso é algo que Tessa West, professora de psicologia da Universidade de Nova York, quer mudar. Seu último livro pede aos leitores que se aprofundem para identificar o que está os afligindo no local de trabalho e analisem suas respostas emocionais e percepções equivocadas em vez de agir por impulso.

O livro é estruturado sobre vários diagnósticos de carreira. Os leitores podem estar sofrendo porque são "segundos colocados" que sempre perdem promoções ou porque "se afastaram". Eles podem ser uma "estrela subestimada" que trabalha arduamente sem receber as recompensas que merece.

É um método bem conhecido de West, cujo livro anterior, "Jerks at Work", também se concentrou em arquétipos, embora sejam aqueles com os quais preferiríamos não ser identificados. A abordagem torna o livro acessível, porém alguns podem achar que a análise sob cada um dos títulos parece um pouco viajante e repetitiva.

"Job Therapy" tem orientações práticas, com atividades e perguntas de múltipla escolha. Mas incentiva os leitores a realmente investigar o que está acontecendo, dissecando os motivos do tédio no trabalho em diversas partes. Essa abordagem terapêutica para delegar tarefas, responder a emails ou gerenciar uma equipe parece inovadora. Como a terapia, também pode ser desconfortável, envolvendo perguntas difíceis sobre status, relacionamentos ou percepções infladas de si mesmo.

Este é um livro de autoajuda. Está preocupado com a maneira como o leitor pode enfrentar seus próprios problemas, em vez das razões estruturais pelas quais o trabalho pode nos deixar infelizes. Ainda assim, para aqueles em um impasse, o reconhecimento direto dos problemas do escritório por West e sua abordagem honesta e prática para enfrentá-los podem ser incomumente úteis.

*(Bethan Staton)*

"On the Edge: The Art of Risking Everything", de Nate Silver

Quando Nate Silver chegou às Bahamas para jogar um torneio de pôquer em janeiro, ele estava relaxado —apesar de a taxa de entrada na competição ser de US$ 25 mil. Mas na mesa seu corpo estava acelerado, seu peito batendo forte toda vez que ele tinha que tomar uma decisão. "De alguma forma, eu estava processando essa experiência em dois níveis completamente diferentes: minha mente consciente já estava calma, mas meu corpo, não", descreve.

Essa resposta física a cenários de alto risco não é uma desvantagem: pode ser produtiva. Tanto para jogadores de pôquer quanto para investidores.

Silver ficou famoso como um mago moderno na previsão de eleições —ele previu a vitória de Barack Obama em 2008, e em 2012, quando seu site FiveThirtyEight antecipou corretamente os resultados em todos os estados— mas ele admite que o mundo das apostas é onde se sente mais à vontade. E "On The Edge" nos leva até lá, em um local que Silver chama de "The River" (como é chamado no pôquer Texas Hold-em a quinta e última carta comunitária que é exibida pelo crupiê e define quem tem o melhor jogo, mas não necessariamente o vencedor).

O termo de pôquer denota um "ecossistema expansivo de pessoas com ideias semelhantes" que abrange "profissionais de pôquer de baixo risco (a) bilionários de capital de risco".

Para entender como pensam esses tomadores de risco cada vez mais poderosos —apelidados de "Riverians", em contraste com os "Villagers" avessos ao risco—, Silver os encontra em festas de criptomoedas em Miami após o primeiro surto de bitcoin e conferências secretas em Utah. Seu mantra? Otimize seu caminho para o máximo "valor esperado".

Com base em 200 entrevistas, o livro de Silver se destaca quando cruza disciplinas. Uma seção reveladora explica por que jogadores compulsivos de caça-níqueis não querem ganhar. Citando a antropóloga cultural Natasha Schüll, Silver afirma que ganhar um grande prêmio os força a entrar no mundo real. "De repente, eles teriam que urinar muito ou sentir algumas cólicas", contou Natasha ao autor.

"The River" não é para os fracos de coração, mas abraçar o risco —além da euforia e ansiedade que isso implica— vai ao cerne da mensagem do livro: "os Riverians estão vencendo".

*(Georgina Quach)*

"10 to 25: The Science of Motivating Young People", de David Yeager

Pergunte aos líderes empresariais sobre a vida corporativa hoje, e um problema surge repetidamente: o desafio de gerenciar a geração Z. Tantas publicações já foram feitas que é difícil tornar o assunto novo. Mas, ao recorrer à ciência e à teoria da gestão, David Yeager corta o ruído.

Os grupos etários mais jovens no título —espero— não irão compor uma parte significativa de qualquer força de trabalho. Mas isso não torna o livro irrelevante. Yaeger argumenta que os cérebros são bastante semelhantes entre quem tem 10 e 25 anos, mudando e se adaptando rapidamente, motivados por status e propensos a transformar experiências em questões existenciais. Compreender essas características cria uma lente empática através da qual é possível ver o mundo como uma pessoa mais jovem poderia.

O que você está lendo é [Veja livros de negócios recomendados pelo Financial Times].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.

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