Seguro você faz quando pode, não quando quer
Depois de alguns artigos sobre seguros e sucessão patrimonial que escrevi nas últimas semanas, recebi alguns depoimentos tristes. Um deles recebi hoje e foi o próprio Carlos que me falou a frase do título deste artigo. Mudei seu nome para não o identificar. Ainda jovem, ele iniciou carreira no mercado de seguros em uma das maiores e mais conceituadas seguradoras do país. No treinamento, como ele comentou, todos eram incentivados a fazerem um seguro para si. O que ele não sabia, naquele momento, é que esse seria o último que ele conseguiria realizar.
Alguns anos depois, ele foi diagnosticado com uma doença autoimune. Logo que descobriu, correu para tentar elevar seu capital segurado. Foi quando descobriu que, apesar de ter menos de 30 anos e com a saúde aparentemente em ordem, ou seja, sem perspectiva de consequência do problema identificado, nenhuma seguradora mais aceitaria fazer um seguro para o resto de sua vida.
Essa história ilustra uma verdade muitas vezes ignorada: seguro você faz quando pode, não quando quer. Em nossa juventude, raramente pensamos na necessidade de proteção. Estamos concentrados em crescer profissionalmente, construir uma família, acumular patrimônio. Sem dúvida importantes fatores, mas não os únicos.
Aos 30 anos, ou seja, quando ainda jovem é muito difícil olhar para o futuro e planejar. Muitas vezes não sabemos o tamanho da família que vamos ter ou o patrimônio necessário para proteção e sucessão, mas ao mesmo tempo é o momento em que estamos mais saudáveis e que qualquer proteção é mais barata.
O Carlos, como muitos de nós, descobriu da pior maneira que a vida pode mudar repentinamente. E que o seguro, que parecia um investimento desnecessário, se torna uma impossibilidade justamente quando se torna mais urgente.
O que muitas pessoas não percebem é que, ao deixar a proteção para depois, assumem riscos significativos. Usualmente, procuramos proteção quando queremos, ao nos tornarmos mais velhos, mas, nesse momento, pode ser tarde demais ou caro o suficiente para desestimular.
A saúde, que nos parecia garantida na juventude, pode se deteriorar, e as seguradoras, que antes competiam para oferecer os melhores produtos, passam a fechar as portas. É nessa hora que percebemos que o seguro deveria ter sido feito lá atrás, quando tudo estava a nosso favor.
Planejar cedo não é apenas uma questão de responsabilidade financeira, mas também de cuidado com a família. Proteger aqueles que amamos vai além de garantir um bom patrimônio; trata-se de assegurar que, em qualquer eventualidade, eles estarão amparados. O seguro é uma das ferramentas mais eficazes nesse sentido, pois oferece uma solução rápida e líquida para momentos que, de outra forma, poderiam desestabilizar toda uma estrutura familiar.
Iniciar esse planejamento desde cedo não apenas garante que você e sua família estarão protegidos, mas também permite que você faça isso com custos significativamente menores e com a tranquilidade de que a saúde não será um empecilho. O Carlos, infelizmente, não teve essa segunda chance. Mas sua história serve de alerta para todos nós: seguro se faz quando se pode, não quando se quer. E o momento de poder é o quanto antes, enquanto ainda temos saúde e condições para fazer escolhas que nos protejam e assegurem o futuro daqueles que mais amamos.
Michael💥️ Viriato é assessor de investimentos e sócio fundador da 💥️Casa do Investidor💥️.
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