Brasil aprendeu com surto de Mpox em 2023, mas precisa manter alerta, dizem especialistas

O recente alerta da OMS (Organização Mundial da Saúde) sobre a Mpox gerou preocupação e uma lembrança recente: afinal, é a segunda vez que a doença é reconhecida como emergência de saúde global desde 2022. Naquele ano, o Brasil foi um dos países mais afetados, o que faz com que especialistas apontem estratégias adequadas e erradas e que, agora, podem ajudar para um desempenho melhor.

A Mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos, é uma doença viral transmitida principalmente pelo contato direto com pessoas infectadas. Em 2022, uma cepa do clado 2 foi a responsável pelo surto mundial. No entanto, um novo clado foi identificado recentemente e há suspeitas de ser mais transmissível e letal.

A detecção é concomitante a um aumento de casos da doença em países africanos que sofrem há anos com essa condição, como a República Democrática do Congo. Países vizinhos sem um extenso histórico da infecção, como Ruanda, Quênia e Uganda, também apresentaram novos casos. Esse contexto fez com que a OMS declarasse a doença novamente como emergência de saúde global.

"Foi correta a decisão da OMS, porque quando se decide trazer uma emergência sanitária internacional, também se traz toda uma orientação para que mundialmente haja uma resposta coordenada", afirma Andrea von Zuben, professora de epidemiologia do programa de pós-graduação em saúde coletiva, políticas e gestão em saúde da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

Por enquanto, não existem casos associados à nova cepa no Brasil, mas ao menos dois já foram observados fora da África, na Suécia e na Tailândia. Mesmo assim, autoridades de saúde pública brasileiras já anunciaram medidas contra a doença, como a compra de novas doses de vacina, algo que difere do ocorrido em 2022.

No primeiro surto, ações demoraram mais para serem estruturadas por diversas razões. A capacidade de produção de vacinas, por exemplo, era baixa. Outro fator foi a falta de conhecimento da doença, afirma Clarissa Damaso, virologista da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e membra do comitê de Emergência da OMS para os surtos de Mpox em 2022 e agora em 2024.

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