Corregedoria da Polícia de SP abre apuração sobre vazamento a órgão do TSE sob Moraes

A Corregedoria de Polícia Civil de São Paulo abriu investigação sobre eventual vazamento de informações para a segurança do ministro do STF, Alexandre de Moraes.

Conforme a 💥️Folha revelou, um órgão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) acessou dados da Polícia Civil de São Paulo após pedido informal da segurança de Moraes.

O policial Wellington Macedo, lotado no gabinete de Moraes no STF, fez pedidos a Eduardo Tagliaferro, então chefe da AEED (Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação) do TSE, para apurar fatos relacionados à segurança do magistrado e seus familiares: vazamento de dados pessoais e ameaças enviadas para números ligados ao ministro ou publicadas nas redes.

Em uma das mensagens, Tagliaferro diz ao PM do gabinete de Moraes que possui e usa senhas de acesso do sistema da Segurança Pública de São Paulo graças ao que chama de "relação de confiança" com um amigo policial.

O assessor do TSE ainda sugere ao ministro que seus dados e os de seus familiares sejam tratados como os de policiais: "não informando qualquer dado que identifique-os, somente colocando ‘Autoridade’".

Questionada sobre o assunto, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo afirmou nesta quinta (15) que a Polícia Civil "instaurou um procedimento na Corregedoria da instituição para apurar eventual envolvimento de um policial civil no vazamento de informações citado pela reportagem".

"O policial militar citado encontra-se regularmente afastado para exercer cargo em comissão junto ao STF", completou a secretaria por meio de nota.

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O uso da assessoria especial do TSE para questões relacionadas à segurança de Moraes está fora do escopo de atuação da estrutura do órgão. Trata-se de um órgão administrativo da Justiça Eleitoral, que não tem competência para atuar em investigações ou processos criminais.

A proteção de ministros do STF é de responsabilidade da Secretaria de Segurança do STF, formada por policiais judiciais e, quando necessário, reforçada com agentes de segurança de outras corporações, como a Polícia Federal.

No caso de ameaças a ministros, a praxe é que a Secretaria de Segurança receba as informações e repasse para as autoridades competentes, seja a PF ou a polícia estadual. Há a possibilidade de o próprio gabinete do ministro acionar a polícia diretamente com pedido de investigação por se tratar de suspeita de crime.

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