Fabricante do avião que caiu em Vinhedo busca encomendas no Brasil
O Brasil é visto como um grande mercado em potencial pela ATR, a empresa europeia fabricante da aeronave que caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo, na última sexta (9), matando as 62 pessoas a bordo. Ela é líder mundial em seu setor, o de aeronaves biturboélice para a aviação regional, mas tem enfrentado dificuldades desde a pandemia de Covid-19.
Em 2022, a ATR recebeu 25 encomendas e entregou o mesmo número de aeronaves, o que é considerado pouco. No ano passado, os números melhoraram: 40 pedidos novos e 36 entregas.
"Tivemos encomendas na América Latina", comemorou em fevereiro a presidente da empresa, Nathalie Tarnaud Laude, em entrevista ao jornal econômico francês La Tribune. Francesa com mais de 20 anos de experiência no setor aeroespacial, Tarnaud Laude comanda a ATR desde 2022.
"2024 será um ano importante" para a ATR, disse a executiva na mesma entrevista.
Em 2023, último ano antes da pandemia, a empresa entregou 68 aeronaves. O objetivo da ATR é retornar a esse patamar, com a ajuda de mercados como Brasil, Índia, Indonésia e Filipinas.
A recuperação é lenta devido a problemas na cadeia de abastecimento, pois os fornecedores de matérias-primas estariam dando prioridade aos dois gigantes da aviação comercial, Airbus e Boeing.
A ATR —cujo nome significa Aviões de Transporte Regional— é uma joint venture entre dois gigantes do setor aeronáutico, Airbus (grupo europeu de capital aberto) e Leonardo (italiano).
Sua sede fica em Toulouse, no sudoeste da França, uma região conhecida como "aerospace valley" devido à concentração de empresas do setor aeroespacial. As mais conhecidas são a própria Airbus, que produz aviões comerciais de grande porte, e a Dassault, especializada em jatinhos particulares e em aviões de caça, como o Mirage e o Rafale.
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