Faroeste brasileiro Oeste Outra Vez mostra vazio de mundo sem mulheres

O faroeste brasileiro "Oeste Outra Vez" tem uma única e rápida aparição feminina. Luiza –Tuanny Araújo– não tem paciência para a briga infantil entre dois homens que pensam que estão a disputá-la e os abandona sem virar a cabeça nem por um segundo, deixando-os se engalfinhar em socos e chutes. Depois, não há mais atrizes. A ausência feminina, no entanto, é latente e o que norteia a vida vazia dos personagens.

Exibido na segunda-feira, o filme de Erico Rassi é um dos mais aclamados por críticos que acompanham o Festival de Cinema de Gramado. A obra está na mostra competitiva com outros seis longas.

Filmado no sertão de Goiás, conta a história de Toto –Ângelo Antônio–, um homem abandonado pela mulher que foge na bela paisagem da Chapada dos Veadeiros na companhia de um senhor mais velho, o Jerominho –Rodger Rogério–, que se torna seu amigo pela companhia, não pelo diálogo. É um filme silencioso, e por isso os diálogos, quando aparecem, importam.

A história se entrelaça à de outros amargurados incapazes de processar qualquer emoção e de dialogar. A raiva não é a estampa de suas personalidades, bem sensíveis à dor, mas a violência é o único recurso encontrado no raso repertório afetivo que têm. Ou se resolve no tiro ou na cachaça.

O que você está lendo é [Faroeste brasileiro Oeste Outra Vez mostra vazio de mundo sem mulheres].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.

Wonderful comments

    Login You can publish only after logging in...