Ministros de Lula falam em redução de juros e responsabilidade fiscal após indicação de Galípolo ao BC

Horas depois de o ministro Fernando Haddad (Fazenda) anunciar a indicação de Gabriel Galípolo para o comando do Banco Central, ministros do governo Lula comemoraram a decisão e falaram em redução da taxa de juros e sinalização de responsabilidade fiscal.

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou a jornalistas, nesta quarta-feira (28), que Galípolo reúne as condições para liderar um novo ciclo da autarquia.

"Naturalmente, preservando a meta da inflação, mas também tendo o olhar para a redução da taxa de juros e o estímulo ao crescimento do crédito brasileiro dentro da responsabilidade fiscal, que eu não tenho dúvidas de que será o principal pilar do seu mandato à frente do Banco Central", disse Costa Filho.

A atual previsão do mercado é de que a Selic deve continuar no patamar de 10,50% ao ano na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), em setembro, e a aposta de uma alta na taxa básica de juros vem crescendo diante das incertezas apontadas pelo Banco Central em suas últimas comunicações oficiais.

O próprio Galípolo, inclusive, chamou atenção do mercado nas últimas semanas por falas que foram consideradas mais duras contra a inflação, no sentido de uma possível alta de juros. Ele chegou a afirmar que a autarquia subirá a taxa básica se necessário e que aumentar juros é uma situação cotidiana para quem está no BC.

Durante o painel, o ministro de Portos e Aeroportos comemorou o novo recorde da Bolsa, que fechou em alta de 0,42%, aos 137.343 pontos, na esteira da força dos papéis da Petrobras e do Itaú e das expectativas em torno dos juros no país, em especial após a indicação de Galípolo à presidência do BC.

Ele foi um dos participantes de um painel sobre gargalos logísticos no país, junto com o ministro de Transportes, Renan Filho. O evento faz parte da conferência anual do Santander, que aconteceu nesta semana em São Paulo.

Logo após o painel, Renan Filho afirmou que o governo precisa dissipar algumas incertezas quanto ao cumprimento das regras fiscais do país.

"Eu acho que a indicação do Galípolo foi nessa direção, por isso foi bem aceita. Ele [Galípolo] tem dito que vai atuar no Banco Central no sentido de manter a inflação na meta, o que é muito relevante para o país"

O governo oficializou a indicação de Galípolo à presidência do Banco Central nesta quarta-feira (18), com anúncio feito por Haddad.

Se aprovado pelo Senado, Galípolo assume o comando da instituição com a missão de angariar a confiança do mercado financeiro, que teme um BC leniente no combate à inflação em 2025, quando o Copom terá maioria dos integrantes indicados pelo presidente Lula.

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