Takashi Morita, sobrevivente da bomba atômica de Hiroshima, morre aos cem anos em SP

Takashi Morita, sobrevivente da bomba atômica de Hiroshima, lançada sobre a cidade japonesa em 6 de agosto de 1945, morreu aos cem anos, em São Paulo, no final da tarde desta segunda-feira (12), no Hospital Japonês Santa Cruz.

"Encerrou uma longa jornada de cem anos. Agradecemos muito a todos que deram forças para a divulgação de como é cruel a bomba atômica, como é inútil a guerra", disse a filha Yasuko Saito.

Em 1º de março, um dia antes de completar cem anos, ele foi homenageado em evento na Etec Santo Amaro, que em 2023 foi batizada com seu nome.

Morita, que vivia em São Paulo desde 1956, estava acompanhado de familiares e outros dois sobreviventes da bomba nuclear. Ele recebeu flores, bolo e outros presentes dos alunos.

Ele dedicou a vida para denunciar os horrores da guerra e promover a cultura de paz. Fazia palestras e participava de eventos sobre essa temática.

Em 2017, lançou a autobiografia "A Última Mensagem de Hiroshima: O que Vi e Como Sobrevivi à Bomba Atômica" (Universo dos Livros). Em depoimento à 💥️Folha, em 2023, Takashi Morita afirmou que para derrotar a guerra "é preciso o perdão, além do amor". Contudo, afirmou ser importante não esquecer o passado.

"Não posso esquecer esses acontecimentos. Esquecer é também enterrar a história da primeira vez que a bomba de destruição em massa foi utilizada contra a humanidade. É permitir que, um dia, alguém com supostas boas intenções —como os norte-americanos, que tomaram essa atitude drástica para pôr fim à guerra— possam repetir esse feito", afirmava.

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