Socialistas assumem na Catalunha e põem fim a 14 anos de governo separatista

Os socialistas, no poder na Espanha com o premiê Pedro Sánchez, recuperaram o controle do governo regional da Catalunha ao assumir o novo gabinete nesta segunda-feira (12), encerrando quase 14 anos de governos a favor da independência da região.

O gabinete composto por 16 integrantes é liderado por Salvador Illa, que foi ministro da Saúde do governo Sánchez durante a pandemia de Covid-19. "Queria assegurar a vocês que governaremos para todos, essa é a verdadeira obsessão", disse Illa durante a cerimônia de posse.

Esta é a primeira vez desde 2010 que a rica região nordeste tem um governo contrário à separação da região em um Estado autônomo.

Os socialistas conquistaram o maior número de cadeiras no Parlamento local nas eleições regionais de maio, mas não alcançaram a maioria absoluta, o que exige acordos para governar.

Illa assegurou o apoio do pequeno partido da esquerda radical Comuns —parte da aliança Sumar, que apoia Sánchez a nível nacional— e do partido separatista moderado ERC (Esquerda Republicana da Catalunha) para se tornar obter a aliança regional necessária em uma votação realizada na quinta-feira (8) no Parlamento da Catalunha.

Os socialistas apresentam a formação de um governo na região como parte da estratégia de Sánchez de tentar reduzir o apoio ao separatismo catalão, oferecendo concessões. Isso inclui uma polêmica anistia aos envolvidos no referendo independentista ilegal de 2017 desencadeou a pior crise política da Espanha em décadas.

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Para garantir o apoio da ERC, os socialistas se comprometeram a conceder à Catalunha o controle total dos impostos arrecadados na região, algo que tem sido uma das principais reivindicações dos partidos independentistas há décadas.

A proposta, que ainda precisa ser aprovada pelo Parlamento espanhol, conta com a oposição dos conservadores, assim como de alguns socialistas, que afirmam que o ato privará o Estado de uma receita substancial proveniente da região.

A sessão parlamentar de posse de Illa, ocorrida na semana passada foi, no entanto, protagonizada pelo líder separatista Carles Puigdemont, que tentou declarar a independência da Catalunha após o referendo de 2017.

Procurado pela Justiça espanhola, ele desafiou um mandado de prisão pendente por seu papel no referendo daquele ano e em protestos relacionados à tentativa de secessão, e apareceu em um comício em Barcelona após sete anos de autoexílio.

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