Morar em bairros com áreas verdes na meia-idade pode retardar declínio cognitivo

Um estudo liderado por uma pesquisadora da Escola de Saúde Pública da Universidade de Boston, nos EUA, mostrou que viver perto de áreas verdes, como parques e espaços com muitas árvores, durante a meia-idade —entre os 40 e os 60 anos— pode ajudar a retardar o declínio cognitivo na velhice. A pesquisa foi publicada na semana passada na revista Environmental Health Perspective.

O atraso do declínio cognitivo foi observado principalmente entre pessoas que vivem em bairros mais pobres e densamente povoados, bem como entre aqueles que possuem o gene apoe (apolipoproteína E), que está associado a um maior risco para doença de Alzheimer.

"Nossos resultados são importantes porque lançam luz sobre os benefícios para a mente que o aumento à exposição natureza traz em nível populacional, especialmente entre subgrupos vulneráveis da população, como portadores do gene apoe", afirmou a autora principal do estudo, Marcia Pescador Jimenez, à publicação.

Para avaliar a associação entre viver perto de áreas verdes e a função cognitiva, Jimenez e outros pesquisadores utilizaram dados do Nurses' Health Study (NHS) —uma série de estudos prospectivos que começaram em 1976 e examinam o desenvolvimento de doenças crônicas a longo prazo em mulheres.

A equipe liderada por Jimenez se concentrou em 16.962 enfermeiras com 70 anos ou mais que foram inscritas em um subestudo do NHS que começou entre 1995-2001 e durou até 2008. As participantes foram avaliadas quanto à função cognitiva por meio de pesquisas telefônicas, e os pesquisadores utilizaram uma métrica baseada em imagens de satélite para medir os níveis de vegetação ao redor das áreas residenciais delas.

Eles analisaram a exposição à vegetação até nove anos antes do primeiro teste cognitivo, e a avaliação cognitiva total incluiu cinco testes cognitivos administrados até quatro vezes ao longo de uma média de seis anos. Após ajustar para idade e fatores socioeconômicos, uma exposição média mais alta à vegetação durante a meia-idade foi associada a níveis mais altos de função cognitiva, bem como a um declínio cognitivo mais lento, com base em escores de cognição global.

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