China consegue vitória diplomática ao mostrar caminho alternativo para guerra Israel-Hamas

Quando a guerra entre Israel e o Hamas começou, alguns devem se lembrar do que eu escrevi aqui. "O conflito em Gaza deixa escancarados os limites da tal nova ordem proposta pela China," menciono no texto de outubro do ano passado. "Seus méritos teóricos ainda existem, mas faltam corpo, maturidade e experiência para responder a conflitos bélicos."

Eu fazia referência à Iniciativa de Segurança Global, uma estratégia meio mambembe proposta por Xi Jinping como substituta à ordem mundial criada pelos Estados Unidos no pós-Segunda Guerra.

Achava à época —e continuo achando— que a relativa inexperiência chinesa em mediar grandes conflitos militares, somada à aversão a riscos ao seu capital diplomático, desqualificariam Pequim no papel de mediação pelo fim da guerra. Talvez tenha me faltado mais criatividade na análise porque a verdade é que eu só estava parcialmente correto.

Além dos mantras pela "defesa de dois Estados", "respeito às fronteiras pré-1967" e chamados ao cessar-fogo, a China de fato pouco ou nada fez para lidar com a brutal guerra no Oriente Médio nos meses subsequentes. Pode parecer cínico atestar, mas para Xi e companhia, interessava mais ver Washington paralisada e incapaz de interromper a sanha militarista e genocida de Binyamin Netanyahu.

Isso mudou na semana passada, com o recebimento de 12 facções palestinas para uma reunião de alto nível na capital chinesa que culminou com a assinatura da "Declaração de Pequim sobre o Fim da Divisão e o Fortalecimento da Unidade Nacional Palestina".

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