PF faz operação contra grupo criminoso que movimentou R$ 7,5 bilhões
A PF (Polícia Federal) fez operação nesta quarta-feira (28) contra uma organização criminosa suspeita de crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro por meio de bancos digitais não autorizados pelo Banco Central, que se mantinham hospedados em instituições financeiras de grande porte. A operação investiga atuação dos bancos BS2 e Rendimento.
Foram expedidos dez mandados de prisão preventiva, sete mandados de prisão temporária e 60 mandados de busca e apreensão, pela 9ª Vara Federal em Campinas. São alvos 57 pessoas físicas e jurídicas em São Paulo, São Caetano do Sul, Osasco, Barueri, Santana do Parnaíba, Embu-Guaçu, Jundiaí, Valinhos, Paulínia, Campinas, Americana, Sorocaba, Votorantim, Ilhabela e Belo Horizonte (MG). Até o início da tarde, sete dos dez mandados de prisão preventiva e sete dos mandados de prisão temporária tinham sido cumpridos.
Os bancos funcionavam como "hospedeiros" de contas bolsões que eram abertas através de duas fintechs de Campinas que não tinham autorização do Banco Central para funcionar: T10bank e I9 pay (InoveBanco). As contas desses dois bancos digitais, hospedadas em bancos regulares e autorizados pelo Bacen, movimentaram R$ 7,5 bilhões.
Os bancos BS2 e Rendimento afirmaram em comunicados que estão colaborando com as investigações e que atuam dentro das normas vigentes.
"O Banco BS2 informa que está colaborando com fornecimento de informações à Polícia Federal e Receita Federal relativas a movimentações financeiras de um cliente. Estamos prestando todos os esclarecimentos demandados pelas autoridades competentes e reafirmamos nossa atuação em conformidade com a regulamentação vigente", afirmou a instituição que inicialmente foi identificada pela PF pelo antigo nome, Banco Bonsucesso.
Já o Rendimento comentou que atualmente não presta mais serviços para a fintech T10bank e que "segue todas as regulamentações do Banco Central e órgãos competentes" e que "desde o início da relação com o T10bank todas as avaliações recomendadas foram executadas".
Por sua vez, o Inove afirmou que "nega veementemente ter relação com os fatos mencionados pelas autoridades policiais e veiculados pela imprensa". A empresa acrescentou que ainda não teve acesso integral ao conteúdo da investigação e que tem "total disposição de colaborar com as investigações".
Procurada, a T10bank não se manifestou.
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