Atentado contra Trump foi maior falha do Serviço Secreto em décadas, diz diretora

A diretora do Serviço Secreto dos Estados Unidos, Kimberly Cheatle, admitiu ao Congresso americano nesta segunda-feira (22) que ela e sua agência falharam no dia em que um atirador tentou assassinar o candidato republicano à Presidência, Donald Trump, em um atentado na Pensilvânia, no último dia 13.

"A tentativa de assassinato do ex-presidente Donald Trump em 13 de julho é a falha operacional mais significativa do Serviço Secreto em décadas", disse Cheatle em seu depoimento ao Comitê de Supervisão da Câmara dos Deputados. "Falhamos", completou.

Parlamentares republicanos e democratas pediram sua renúncia, aos quais ela rejeitou dizendo acreditar ser "a melhor pessoa para liderar o Serviço Secreto" atualmente.

Diante das acusações republicanas de que o Serviço Secreto negou recursos para proteger Trump, Cheatle disse que a segurança para o ex-presidente havia aumentado mesmo antes do atentado. "O nível de segurança fornecido para o ex-presidente aumentou bem antes da campanha e tem aumentado constantemente à medida que as ameaças evoluem", disse ela.

A diretora acrescentou que o Serviço Secreto forneceu a segurança solicitada pela campanha de Trump para o comício. Cheatle se recusou a responder a perguntas específicas sobre o plano de segurança de republicanos e democratas no dia do atentado, enfatizando que o assunto estava sendo investigado internamente.

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A audiência desta segunda marcou a primeira rodada de supervisão do Congresso sobre a tentativa de assassinato de Trump. Já no próximo dia 31, o diretor do FBI, Christopher Wray, comparecerá perante o Comitê Judiciário da Câmara. O presidente da Casa, Mike Johnson, ainda deverá apresentar uma força-tarefa bipartidária para servir como ponto de conexão às investigações da Câmara.

Após o depoimento de Cheatle, o presidente do Comitê de Supervisão da Câmara, o republicano James Comer, pediu que a diretora renunciasse. "É minha firme convicção", disse ele. "O Serviço Secreto tem milhares de funcionários e um orçamento significativo. Mas agora se tornou a face da incompetência."

O deputado democrata Ro Khanna também pediu a renúncia de Cheatle. "Se houver uma tentativa de assassinato de um presidente, ex-presidente ou candidato, você precisa renunciar", disse. "Você não pode liderar a agência do Serviço Secreto quando há uma tentativa de assassinato de um candidato presidencial."

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