Trump retoma ataques a Biden e a eleição depois de pregar união

Em seu primeiro comício após o atentado sofrido no último sábado (13), Donald Trump retomou os ataques ao presidente Joe Biden e aos democratas, e voltou a fazer acusações sem provas de fraude na eleição, acusando os adversários de trapacearem.

O comício atraiu milhares de pessoas, levando à formação de uma enorme fila que atravessou todo o centro de Grand Rapids, no estado-pêndulo de Michigan,

O ex-presidente retomou o tom agressivo que marca seus discursos durante a fala, rompendo com o breve apelo de união nacional feito logo após a tentativa de assassinato na Pensilvânia. Trump fez piadas com o estado cognitivo de Biden, disse que o presidente tem um QI baixo, e voltou a comparar imigrantes com o personagem Hannibal Lecter.

"Eles são incompetentes, essa é uma ameaça à democracia", afirmou sobre os democratas.

O tom contrasta também com o do discurso feito na última quinta-feira (18), em que o empresário aceitou oficialmente a nomeação de seu partido. Na ocasião, Trump evitou ataques diretos a Biden e adotou uma abordagem mais grave.

Apesar de ter prometido na quinta que não falaria mais sobre o atentado, ele voltou a descrever a cena no comício deste sábado. Ele também voltou a repetir que foi Deus quem o salvou. "Eu estou aqui com vocês pela graça de Deus Todo-Poderoso", disse. "Algo muito especial aconteceu, vamos reconhecer isso."

"Eu devo minha vida à imigração", disse, em referência ao assunto do gráfico para o qual apontava quando foi alvo de tiros.

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Seguindo a estratégia de aliados, o ex-presidente usou o incidente para dizer que ele não é uma ameaça à democracia, como democratas o acusam de ser. "Eu levei um tiro pela democracia", disse.

Trump também acusou o partido adversário de não respeitar a democracia, diante da pressão para que Biden, que venceu as primárias, se retire da corrida. Ele contrastou a situação com a do Partido Republicano, que repetiu nunca ter sido tão unido e grande quanto sob sua liderança.

O empresário fez ainda uma espécie de enquete com o público, perguntando contra quem eles preferiam concorrer. Em linha com a lógica da campanha republicana, os espectadores vaiaram mais Biden do que a vice, Kamala Harris, indicando que veem o atual presidente como um concorrente mais fácil de ser batido.

"Eu gostaria de concorrer contra ela", disse Trump, dessa vez em referência à governadora do Michigan, Gretchen Whitmer, cotada como uma opção caso Biden desista. "Os democratas estão tentando reverter o resultado das primárias, eles não são o partido da democracia, mas de insiders como Whitmer", afirmou.

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