Quem são as Super 8, empresas de tecnologia asiáticas que ameaçam big techs?

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As outras 'big techs'

As empresas de tecnologia da Ásia são a aposta do banco suíço UBS para investimentos na região. Nomes como Tencent, Samsung e TSMC estã na lista de ações que ganhou o apelido de ‘Super 8’.

↳ Relatório aponta que as companhias têm maturidade e que vão se aproveitar do crescimento da inteligência artificial.

↳ "Super 8" é uma referência às ‘Magnificent Seven’, big techs dos EUA cujas ações dispararam nos últimos anos. Entre elas: Microsoft, Apple e Meta.

💥️As ‘Super 8’. A carteira do UBS com as empresas valorizou 8,3% desde fevereiro, mês em que foi criada.O valor é acima da média das empresas da região. Para o banco, é "crucial" que os investidores tenham ações de empresas relacionadas ao mercado de inteligência artificial, caso das oito listadas:

- Tencent: desenvolve jogos, aplicativos e redes sociais com modelos de inteligência artificial.

- Samsung: produz chips e disputa com a Apple a posição de maior fabricante global de smartphones;

- TSMC: principal fabricante de chips semicondutores, produtos de alta tecnologia e essenciais para o processamento de dados. Atingiu US$ 1 trilhão em valor de mercado.

- Foxconn: faz montagem de smartphones, principalmente iPhones para a Apple.

- Lenovo: uma das maiores fabricantes de computadores e outros hardwares, como servidores.

- Tokyo Electron: fabricante de chips semicondutores.

- Infosys: consultoria de tecnologia da informação, com fortes serviços baseados em IA.

- ASMPT: produz máquinas industrias para os fabricantes de chips semicondutores.

Enquanto isso, nos EUA. Parte dos analistas aponta que a disparada das ações das big techs americanas desde 2023 foi exagerada, e os riscos de queda estão no cenário. Os últimos dias, inclusive, foram de desvalorização.

  • Apple cai 2,09% nos últimos cinco dias. Ainda assim, sobe 15% em 12 meses.
  • Microsoft cai 3,02%, mas sobe 22,50%.
  • E Alphabet (Google) cai 4%, mas sobe 43,5%.

Congelado

O governo decidiu congelar R$ 15 bilhões dos gastos para cumprir a meta de fechar as contas deste ano sem déficit. O anúncio foi feito na tarde desta quinta-feira (18) pelos ministros Fernando Haddad e Simone Tebet.

↳ Os ministérios mais atingidos são Cidades, Desenvolvimento Regional, Turismo e Esporte. Saúde e Educação também serão impactadas.

💥️Entenda: o congelamento é uma prática comum e envolve dois mecanismos diferentes, o bloqueio e o contingenciamento. Eles são usados porque nem sempre as receitas e gastos acompanham a estimativa feita no Orçamento.

  • R$11,2 bilhões serão bloqueios e R$ 3,8 bilhões contingenciamentos.

💥️Como funciona💥️:

Despesa acima do previsto = bloqueio.

Arrecadação abaixo do previsto = contingenciamento.

O governo pode rever a decisão caso o cenário mude nos próximos meses.

💥️Por que importa? Agentes do mercado financeiro têm dúvidas se as contas deste ano –e do próximo – vão fechar no zero a zero, como determinam as regras criadas pelo governo Lula (Não lembra? Explicamos elas aqui). Para 2025, foi anunciado um corte de R$ 25 bilhões.

💥️Estresses. Falas do presidente ao longo do mês de junho aumentaram a suspeita de que as regras poderiam ser afrouxadas. Com a repercussão, principalmente no preço do dólar, que bateu R$ 5,70, Haddad e outros ministros discutiram o assunto com Lula, que moderou o tom no início do mês.

💥️Idas e vindas. O mercado até acalmou, mas novos questionamentos foram feitos pelo presidente. Nesta terça, disse que não é obrigado a cumprir a meta fiscal se tiver "coisas mais importantes para fazer", mas que tem compromisso com a regra. Afirmou também que precisa ser convencido sobre cortes.

💥️Corta para ontem. Questionado se havia convencido o chefe sobre o bloqueio, que não é exatamente um corte, Haddad respondeu:

  • "Se estou dando o anúncio, é porque ele já foi".

💥️"Taxadd". O anúncio ocorre no momento em que o ministro tem sido alvo de piadas e "memes", que fazem satirizam mudanças em impostos e a reforma tributária.

↳ Haddad defende um ajuste das contas públicas com incremento de arrecadação desde o início do governo.

💥️Sim, mas… Há sinais de que a pauta perdeu apoio no Congresso. Não foi encontrada, por exemplo, uma solução para compensar a verba da desoneração da folha de pagamentos. Medidas apontadas por economistas e técnicos do governo para ajustar as contas são:

  • Mudanças nas regras que aumentam automaticamente os gastos com saúde e educação;
  • Alteração nas regras que reajustam pensões e benefícios sociais acima da inflação.

O STF (Supremo Tribunal Federal) deu até 11 de setembro para a definição de uma nova fonte. Caso contrário, os 17 setores com isenção voltarão a ter cobrança.


Zuckerberg quer Ray-Ban

A Meta, dona do Facebook, WhatsApp e Instagram, está negociando a compra de uma fatia de 3% a 5% da Luxxotica, empresa italiana que fabrica o Ray-Ban. O motivo? Acelerar o desenvolvimento de óculos inteligentes.

↳ O investimento está avaliado em 4,5 bilhões de euros (R$ 27,3 bilhões).

💥️De mãos dadas. As empresas já são parceiras no desenvolvimento dos "smartglasses". Ray-Ban e Meta lançaram o primeiro modelo em 2023. Eles seguem o design tradicional dos óculos, como o famoso Wayfarer. A última versão é de 2023.

↳ As principais funções são câmera embutida, chamadas de voz e reprodução de músicas. Também há integração com a IA da Meta, a Llama 3.

💥️Aposta. Com ações da Luxottica nas mãos, a companhia de Mark Zuckerberg ganharia influência sobre os negócios da Ray-Ban e acesso à tecnologia da italiana, que tem um laboratório de pesquisas em novas técnicas para óculos com a Escola Politécnica de Milão.

↳ A empresa é dona das marcas Oakley e Varilux e da rede de lojas Sunglass Hut. Fabrica também os óculos para Versace, Prada, Ralph Lauren.

💥️Negócio de visão. As big techs investem no desenvolvimento de óculos inteligentes há anos. Em geral, tentam criar experiências para realidade virtual e/ou aumentada. Isso vai além do que a Meta oferece com a Ray-Ban, que não tem projeção de imagens.

  • A realidade virtual permite uma total imersão nas imagens projetadas;
  • Já a aumentada faz uma sobreposição com elementos sobre o ambiente real.

💥️Mais uma tentativa. Um dos primeiros modelos de óculos inteligentes foi lançado pelo Google há mais de dez anos em parceria com a Luxxotica. O produto batizado de Google Glass foi um fracasso.

De lá para cá, a Meta apresentou os Ray-Ban inteligentes e a série Quest, mais avançados e com projeção para realidade virtual e aumentada. Os preços estão em R$ 2.500 no Brasil.

↳ Há alguns meses, a Apple lançou o Vision Pro, um dos modelos mais avançados. Custa cerca de US$ 3.000 (R$ 16,7 mi) .

↳ Outras marcas são a Xreal e Viture, focadas em jogos. A Samsung não lançou modelos, mas registrou as marcas "Samsung Glasses" e "Galaxy Glasses" recentemente.


Para assistir

"Why HBO's Next Move Is Critical", 22 minutos

A HBO completa 30 anos de operação no Brasil neste mês de julho, com uma lista longa de sucessos: "Os Sopranos", "A Sete Palmos", "The Wire", "Sex And The City", "Roma", "True Detective", "Game of Thrones", "Succession", "The White Lotus" e "A Casa do Dragão".

A dica de hoje não está na HBO, mas é sobre ela. O documentário "Why HBO's Next Move Is Critical", produzido pelo canal americano CNBC conta a história do canal americano (hoje também no streaming). Ele está em inglês, com legendas traduzidas do Youtube. Veja aqui.

O programa foi lançado quando a marca completou 50 anos, em 2023. Conta a história da empresa, reconhecida por revolucionar as séries e o mercado de televisão com a venda de pacotes, sem propaganda. Também discute o futuro da HBO na era do streaming.

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