Ataque a Trump é alvo de teorias conspiratórias à direita e à esquerda em grupos no Brasil

O atentado contra o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump tem sido alvo de desinformação e teorias conspiratórias alinhadas à direita e à esquerda em grupos de conversa de WhatsApp e Telegram, segundo monitoramento da empresa de tecnologia Palver.

Da parte da direita, há várias mensagens buscando atrelar o atirador como sendo uma pessoa da esquerda, ainda que não haja evidências disso. Já da parte da esquerda, há vários conteúdos falando em armação de Trump para ganhar a eleição, também sem base para tanto.

Com isso, o episódio no exterior tem sido usado para buscar reforçar a polarização entre esquerda e direita também no contexto brasileiro.

Ainda não se sabe a motivação do atirador, que foi morto por agentes de segurança pouco depois de disparar, e se ela está atrelada a alguma ideologia política. Segundo o que o FBI, a polícia federal americana, divulgou no dia seguinte ao incidente, ele agiu sozinho.

O caso ainda está em estágio inicial da investigação. Apesar disso, há várias teorias conspiratórias sendo divulgadas em grupos.

Thomas Matthew Crooks, 20, apontado pelo FBI como o homem que atirou em Trump, era filiado ao Partido Republicano, o mesmo de Trump. Aos 17 anos, ele fez uma doação de US$ 15 (cerca de R$ 80 no câmbio atual) para uma causa do Partido Democrata, esse de oposição a Trump.

De 763 mensagens identificadas pela Palver até a noite de segunda-feira (15) sobre a filiação do atirador, quase metade o associava ao Partido Democrata, a grupos de esquerda ou aos antifascistas.

A informação de que o atirador identificado pelo FBI ter se registrado, na verdade, junto ao Partido Republicano não aparece em vários dos conteúdos.

Já outras incluem a informação sobre a filiação e, sem nenhuma comprovação para tanto, dizem que na verdade ele era democrata ou de esquerda. "Ou seja é republicano só no registro, mas na realidade um democrata cheio de ódio", diz trecho de uma das mensagens que circularam em grupos.

Em parte dos conteúdos, assim como aconteceu no exterior, uma pessoa identificada como antifascista e chamada Mark Violets é apontada como autora dos disparos. Há também exemplos em que se fala em um segundo atirador, junto a Crooks, e que seria parte do "movimento antifa".

Algumas mensagens nos grupos buscam descredibilizar de antemão investigações que apontem para uma atuação isolada, falando em "lobo solitário" e fazem referência a teses não comprovadas sobre Adélio Bispo, preso por esfaquear Jair Bolsonaro (PL) na campanha eleitoral de 2018.

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