Ney Leprevost diz em sabatina que conta com Rosangela Moro como vice e quer guarda armada e com câmera

O deputado estadual paranaense e pré-candidato à Prefeitura de Curitiba Ney Leprevost (União Brasil) disse nesta terça-feira (16), em sabatina promovida por 💥️Folha e, que "a probabilidade é grande" que o nome da deputada federal Rosangela Moro (União Brasil-SP) seja candidata a vice-prefeita em sua chapa.

"Acredito que teremos uma resposta dela até o final desta semana", disse. Colega de partido de Leprevost, Rosangela transferiu seu domicílio eleitoral de São Paulo para o Paraná no começo do ano.

Destacando a segurança pública como prioridade, o deputado defende o porte de armas e a atribuição de poder de polícia à guarda municipal de Curitiba. Junto a isso, apoia a adoção de câmeras corporais nos uniformes da corporação.

O deputado argumenta que a medida protegeria os agentes de falsas acusações, como calúnias e pedidos de propina. "Eu vou mostrar para os guardas que a câmera, além de ser para proteção do cidadão, é para proteção deles mesmos".

"Nós queremos equipar a guarda, aumentar o efetivo da guarda, treinar a guarda, remunerar melhor a guarda e, como as grandes capitais do mundo, ter uma polícia da cidade que irá ajudar a Polícia Militar na prevenção ao crime".

Leprevost se manifestou contra o projeto do governo Ratinho Júnior (PSD) para terceirizar a gestão de escolas estaduais. Ele foi um dos 13 parlamentares que tentaram derrubar o projeto, sem sucesso.

Segundo ele, o projeto não será replicado em Curitiba. Na sua percepção, áreas de educação, saúde e segurança pública são políticas de Estado. "Não serão em hipótese alguma terceirizadas nem privatizadas na minha gestão", disse.

"Me recordo que a ruína do [ex-governador] Sérgio Cabral no Rio de Janeiro começou quando ele começou a terceirizar a saúde", disse o deputado. Em âmbito nacional, ele se posiciona contra mudanças na atual legislação sobre o aborto.

Leprevost disse estar comprometido em não aumentar o valor da passagem de ônibus na cidade, e estuda a viabilidade de tarifa zero no transporte público. "É uma meta a ser perseguida", diz. Ele se opõe à implantação de um metrô em Curitiba, dando preferência ao VLT (veículo leve sobre trilhos).

Em relação à Operação Lava Jato, comandada pelo aliado Sergio Moro (União Brasil-PR) quando era juiz, Leprevost disse ter frequentado as primeiras manifestações de rua para apoiar a operação. "Quando eu vi começarem a aparecer cartazes antidemocráticos pedindo golpe no meio da daquelas manifestações, eu parei de ir", disse.

"Ali eu percebi ‘opa, temos que dar uma freada na situação’ porque tem gente querendo se apropriar de uma luta que é de todos os brasileiros, que é contra a corrupção, para defender um Estado de exceção".

Questionado sobre a suspeição de Moro e a anulação da condenação de Lula por parte do STF (Supremo Tribunal Federal), Leprevost disse que não pretende "confrontar" o tribunal como pré-candidato. Segundo o deputado, a Lava Jato fez "mais bem do que mal para o país."

"Na ânsia de prender pessoas que haviam cometido corrupção, a Lava Jato pode ter cometido alguns excessos. Quem vai dizer se ela cometeu ou não é a Justiça ou não."

O União Brasil, partido do pré-candidato, faz parte da base do governo Lula (PT), com setores que apoiam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Questionado se preferiria Bolsonaro ou Lula subindo no seu palanque, Leprevost disse que não é "um político ligado a nenhuma ideologia política". Segundo ele, o cargo exige que ele seja "prefeito de todos".

"É muito possível que, como prefeito de Curitiba, eu tenha que durante dois anos conviver com a atual presidente, e daqui a mais dois anos conviver com um novo presidente, que pode até ser ou não o Bolsonaro, conforme a decisão do Tribunal Superior Eleitoral de manter a inelegibilidade dele."

O deputado disse que não sabe afirmar se os ataques de apoiadores do ex-presidente aos três Poderes em 8 de janeiro de 2023 foram uma tentativa de golpe, e que espera a avaliação do Judiciário sobre o assunto.

"Não consigo afirmar, não tenho elementos probatórios para afirmar categoricamente que isso foi orquestrado", disse.


Diego Sarza conduziu a sabatina, com participação dos jornalistas Leonardo Sakamoto, colunista do, e Catarina Scortecci, correspondente da 💥️Folha em Curitiba.

Ney Leprevost iniciou carreira política em 1996, eleito vereador de Curitiba. Foi secretário de Esporte da cidade e titular da Justiça no Paraná. Foi eleito deputado federal em 2018 e deputado estadual em 2022. Pleiteou a prefeitura da cidade em 2016, derrotado por Rafael Greca (PSD), atual prefeito.

Além dele, outros três postulantes foram convidados. Na quinta-feira (18), às 14h, será a vez do atual vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel (PSD). O ciclo se encerra na sexta-feira (19), também às 14h, com o terceiro sabatinado, o deputado federal Luciano Ducci (PSB).

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