Morre Bill Viola, pioneiro da videoarte que valorizava o tempo, aos 73 anos

Bill Viola, um dos videoartistas mais célebres do mundo, morreu nesta sexta-feira (11) aos 73 anos, em Long Beach, Califórnia. De acordo com Kira Perov, sua mulher, diretora de seu estúdio e colaboradora artística, o artista teve complicações da doença de Alzheimer, com a qual foi diagnosticado de maneira precoce.

Pioneiro da videoarte, William John Viola Jr. ganhou destaque no início dos anos 1970, em Nova York, quando artistas começaram a trabalhar com vídeos, a exemplo de Wolf Vostell, Joseph Beuys e o movimento Fluxus. Tendo trabalhado como assistente audiovisual em museus e galerias, logo ele demonstrou grande habilidade com edição e gravação, explorando novas mídias nas artes visuais com suas instalações e performances.

O trabalho de Viola tem forte conexão com a mística cristã, o sufismo islâmico e o xamanismo arcaico, bem como a arte do Renascentismo. Suas obras têm inspiração humanista, explorando a noção de tempo, o poder e a consciência humana. Diante do ritmo voraz do cotidiano, ele desacelera e mostra como cada instante conta e merece atenção.

É o que mostra uma de suas obras mais recentes, "Mártires", de 2014. Nela, quatro pessoas passam por algum tipo de provação, seja uma tempestade de vento, seja uma violenta enxurrada, em velocidade desacelerada que dá um peso dramático aos corpos.

Uma dessas peças, criadas para a Catedral de São Paulo, em Londres, integrou a exposição "Bill Viola: Visões do Tempo", no Sesc Avenida Paulista, em abril de 2018, na inauguração da unidade.

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