Entrada de novas marcas chinesas deve fortalecer associação de importadores

Os importadores oficiais de automóveis se empenham em duas frentes para manter a rentabilidade dos negócios: a manutenção das regras sobre o Imposto de Importação para veículos eletrificados e a retirada desses modelos do imposto seletivo. A história recente dessas empresas é marcada por derrotas em temas regulatórios, mas há novos elementos que podem mudar o jogo.

Hoje, a Abeifa (associação que reúne os importadores) é composta por 13 marcas, sendo que apenas duas têm origem chinesa: JAC e BYD. Mas esse número deve crescer em breve, já que diversas montadoras asiáticas têm feito seguidos anúncios de entrada no Brasil.

"Estamos conversando com todas [as novas marcas chinesas], sendo que algumas com mais contato, por pertencerem a grupos já conhecidos", diz Marcelo Godoy, presidente da Abeifa.

Um desses grupos é o conglomerado da Geely, dona da divisão de carros de passeio da Volvo –Godoy é também presidente da empresa de origem sueca no Brasil. Os planos começam com a chegada da marca Zeekr ao mercado nacional, prevista para o último quadrimestre. Há ainda Omoda/Jaecoo (grupo Chery), Neta, GAC e GWM.

São empresas que pretendem fabricar carros híbridos e elétricos no Brasil, mas a produção local não as afasta da associação dos importadores. Desde 2014, a entidade recebe empresas que têm linhas de montagem no país, como a JLR (Jaguar Land Rover).

A mudança no estatuto ocorreu após a maior derrota do segmento. Em outubro de 2011, a sobretaxa de 30 pontos percentuais que incidiu diretamente na alíquota de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) inibiu as importações de marcas chinesas e sul-coreanas, que cresciam em vendas. Em seguida, surgiu o programa Inovar-Auto, com estímulos à nacionalização de veículos e componentes.

Os importadores também foram afetados nos anos 1990, quando as constantes mudanças nos tributos levaram empresas a deixar o país.

Hoje, a preocupação das fabricantes instaladas no Brasil é a mesma de 13 anos atrás: proteger a indústria nacional e criar barreiras a carros importados que conseguem competir em preço com os feitos no país. Godoy diz que também se preocupa com isso, mas pede previsibilidade e manutenção das regras.

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