Governo Tarcísio desiste de concessão da linha 15-prata do monotrilho para Grupo CCR

O contrato de concessão da linha 15-Prata do Metrô de São Paulo entre o governo estadual e o grupo empresarial CCR será revogado, afirmou nesta sexta-feira (12) a gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). A concessionária confirmou a decisão e disse que não irá se opor à revogação.

Único participante de um processo de licitação que durou de 2017 a 2023, o Grupo CCR adquiriu o direito de operar a linha por 20 anos, mas não chegou a assumir o sistema.

O certame foi contestado por uma ação judicial movida pelo Sindicato dos Metroviários. Ainda em 2023, a Justiça paulista determinou o cancelamento da licitação, mas recuou parcialmente, em 2022, ao anular a decisão de primeira instância, sem definir se a concessionária poderia operar o serviço.

Agora, a gestão Tarcísio e o Grupo CCR anunciam a desistência de seguir adiante na disputa, dando desfecho ao caso.

Sexta linha do Metrô paulistano, a 15-prata é a única em que os trens trafegam por um único trilho, em vez de dois. O monotrilho faz a ligação entre as estações Vila Prudente e Jardim Colonial, na zona leste da capital.

É o único monotrilho em funcionamento entre as obras previstas para a expansão do sistema quando São Paulo foi anunciada como uma das sedes da Copa do Mundo de futebol masculino de 2014. Ainda assim, não ficou pronto a tempo do mundial, e até hoje apenas 11 estações das 18 prometidas foram concluídas.

Dez anos após a competição, o governo estadual diz que está encaminhando a entrega do segundo monotrilho da capital, que fará a ligação do sistema com o aeroporto de Congonhas, na zona sul. Até o momento, a Linha 15-ouro tem apenas um trem no pátio. A inauguração está prevista para 2026.

Camila Lisboa, presidente do Sindicato dos Metroviários, diz que a decisão do governo estadual era esperada devido à dificuldade técnica de operação e elevados custos de manutenção do monotrilho.

Ela também afirma que a escolha pelo modal foi equivocada e que o projeto possui uma série de equívocos que resultaram em diversos acidentes. "Esperamos que a operação fique definitivamente com a empresa pública Metrô e que o governo faça os devidos investimentos", diz.

A gestão Tarcísio não disse se fará uma nova licitação.

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