Flávio Bolsonaro se defende de Abin paralela e diz ter sido vítima da Receita

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) negou envolvimento com a "Abin paralela" nesta quinta-feira (11) e afirmou que foi vítima de um crime cometido por "pessoas de dentro" da Receita Federal que teriam acessado seus dados ilegalmente.

"O grupo especial de Lula na Polícia Federal ataca novamente. Na ocasião em que eu fui vítima de criminosos que acessaram ilegalmente os meus dados sigilosos na Receita Federal, eles conseguem transformar isso em uso da Abin para me auxiliar de alguma forma", afirmou.

O comentário de Flávio foi feito após a divulgação de detalhes da investigação da Polícia Federal sobre o uso político da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) sob Jair Bolsonaro (PL). Há, entre outras, suspeitas de ações clandestinas contra ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e tentativa de blindar filhos do ex-presidente de investigações.

A PF identificou o áudio de uma conversa entre o ex-presidente, o então ministro chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Augusto Heleno e o ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem (PL) sobre o caso das rachadinhas.

Na conversa, datada de 25 de agosto de 2023, segundo a PF, eles tratam de supostas irregularidades que teriam sido cometidas pelos auditores da Receita Federal na confecção do relatório de inteligência fiscal que deu origem à investigação das rachadinhas —desvio de parte dos salários dos funcionários da Assembleia do Rio de Janeiro do gabinete de Flávio, quando era deputado estadual no estado.

A investigação afirma que, no áudio de uma hora e oito minutos, Ramagem sugere a instauração de um procedimento administrativo contra os auditores para anular a investigação das rachadinhas, bem como retirar alguns servidores de seus respectivos cargos.

Segundo a PF, também foram achadas provas que destacaram a atuação do policial federal Marcelo Araújo Bormevet e do militar Giancarlo Gomes Rodrigues em ações clandestinas para "achar podres e relações políticas" contra estes auditores. Os dois agentes foram presos nesta quinta.

"O que eu ouvi dizer, eu não tenho nem certeza se aconteceu, é que foi instaurado um procedimento administrativo disciplinar contra esses criminosos da Receita e que uns dez foram punidos. Parece que tinha uma força-tarefa do crime dentro da Receita contra mim", disse Flávio.

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